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Pontualmente às 9 horas da manhã de domingo (6) foram acionados os explosivos que implodiram a antiga sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), em Porto Alegre. Sete segundos depois, o prédio não existia mais. Enquanto era desmobilizada a operação de isolamento no Centro da capital gaúcha e começava a limpeza, autoridades lembraram os dois bombeiros que morreram no combate ao incêndio da SSP, em julho de 2021.
Entre as possibilidade para o futuro do prédio estão a construção de uma nova sede no mesmo local, venda do espaço ou permuta por uma área já construída. "Essa é uma área pública, que tem um valor considerável", lembrou Ranolfo. O terreno está localizado na Rua Voluntários da Pátria, na região central de Porto Alegre.
A implosão seguiu todo o cronograma previsto pelas autoridades e pela FBI Demolidora, empresa responsável pela detonação do prédio. "O próximo passo é o recolhimento das 20 mil toneladas de entulho", afirmou Ranolfo.
Desde a implosão do edifício das lojas Renner, em 1976, nenhum outro prédio havia passado pelo mesmo processo em Porto Alegre. Responsável pela implosão, o engenheiro de minas Manoel Jorge Diniz Dias, classificou a implosão do prédio como dificuldade 8, e explicou que durante o processo foi descoberto que não seria possível acessar alguns pilares. Foi em razão disso que ainda persiste um resto de estrutura do antigo prédio, o qual será derrubado com maquinários.
A FBI Demolidora foi contratada para o serviço em janeiro deste ano. O contrato foi de R$ 3,1 milhões, sendo a empresa reconhecida por trabalhos semelhantes como o Palace 2 no Rio de Janeiro e Carandiru, em São Paulo.
Homenagem
O incêndio que destruiu o prédio da SSP começou por volta das 21 horas de 14 de julho de 2021 e, rapidamente, as chamas tomaram conta do prédio. Nenhum funcionário ficou ferido, mas no combate ao fogo dois bombeiros, o 1º Tenente Deroci de Almeida da Costa e o 2º Sargento Lúcio Ubirajara de Freitas Munhós, acabaram desaparecendo. Seus corpos foram encontrados após uma semana de buscas.
Causas
Em 14 de fevereiro deste ano a Polícia Civil entregou ao Ministério Público o inquérito do incêndio. Antes disso, o laudo Departamento de Criminalística do Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontou um fenômeno termoelétrico como causa, por sobrecarga e/ou curto-circuito na rede elétrica.
O IGP indicou que o foco inicial do evento foi possivelmente a sala onde funcionava a Divisão de Inteligência Penitenciária. O inquérito da 17ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre foi finalizado sem apontar culpados dolosos ou culposos pelo incêndio, tendo sido remetido sem indiciamentos.
