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Notícias | Região ABUSO SEXUAL

Tio-avô é preso pelo estupro de irmãs de 6 e 9 anos durante três anos

Homem, de 47 anos, responderá por estupro de vulnerável

Por Franceli Stefani
Publicado em: 16.03.2022 às 20:08 Última atualização: 17.03.2022 às 08:21

O relato forte e contundente de duas meninas, uma de 9 e outra de 6, à época do crime, colocaram o tio-avô de 47 anos atrás das grades, após um ano de trabalho da Polícia Civil de Esteio. "O relato delas é emocionante e chocante. Um dos mais fortes que já ouvimos", revela a titular da Delegacia de Polícia (DP) da cidade, delegada Luciane Bertoletti. As irmãs foram vítimas de estupro de vulnerável, dentro de casa, no bairro São José.

Investigado foi encaminhado ao sistema penitenciário
Investigado foi encaminhado ao sistema penitenciário Foto: Polícia Civil

A prisão do agressor ocorreu na noite da terça-feira (16). A responsável por conduzir o inquérito conta que ele teria cometido o crime durante três anos, desde 2018. "Tempo em que as crianças, junto com a mãe, moraram no seu terreno", explica. A família foi para o endereço após a mãe perder o emprego e não conseguir lugar para ficar. "Os abusos contra a de 9 era praticado na presença da irmã".

Agressor foi flagrado

O crime só foi descoberto quando a mãe viu o investigado deitado em cima da menor. Ao tomar conhecimento do fato, a mãe logo buscou uma outra casa para viver com as filhas e, então, procurou a Polícia Civil.

A denúncia foi feita em dezembro de 2020. Luciane explica que o inquérito levou um ano para ser finalizado, devido a complexidade e delicadeza dos fatos. "Ele tinha conhecimento do procedimento instaurado contra ele, com receio de ser preso, costumava sair muito cedo de casa e não tinha um horário fixo para retorno."

De acordo com a delegada, os casos de abuso sexual de vulnerável requerem atenção extra. "Nós tínhamos o relato das vítimas, mas não era suficiente. Para conseguir a prisão não é algo simples. Foi necessário submeter as duas a avaliação física e psíquica". Os laudos embasaram o pedido de prisão preventiva expedido pela Justiça.

A família vive em Esteio, mas distante do agressor. "Nós temos intensificado a investigação dos delitos de estupro e efetuado diversas prisões. É fundamental que as vítimas, a família delas, ao desconfiarem, procurem a polícia", orienta.

Presente às vítimas

Segundo a delegada, o agressor comprou o silêncio das irmãs, que demoraram para contar a história para a mãe. "A família era muito pobre e o investigado tinha uma boa condição financeira", frisa. Diante disso, Luciane detalha que ele costumava presentear as meninas. "Com isso, ele tinha a certeza da impunidade. Foram três anos de abusos".

A riqueza de detalhes com que as vítimas conversaram com a investigação chamou atenção até dos policiais mais experientes. "A atitude da mãe, ao descobrir o que ocorria na casa, foi correta. Ela saiu imediatamente e não postergou a denúncia", pontua. A confiança que ela teve na fala das garotas foi fundamental, na opinião da delegada. "Ele está preso após um ano de trabalho. É importante essa resposta porque, na maioria das vezes, os pedófilos voltam a cometer o mesmo crime contra outras vítimas, se não forem parados."

Luciane pondera que a dificuldade no combate a esse tipo de delito é porque ele ocorre "em ambiente intrafamiliar" e só chega ao conhecimento das forças de seguranças após a denúncia.

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