Uma ação da Corregedoria-Geral da Brigada Militar (BM) afastou 20 policiais militares do 25º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de São Leopoldo no fim de semana passado. Um soldado chegou a ser preso por envolvimento com jogos de azar, mas responderá ao inquérito em liberdade. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no alojamento e também nas casas dos militares.
O coronel detalha que, se confirmado o envolvimento, o agente poderá, inclusive, ser desagregado. "Eles deverão permanecer afastados até o término da investigação." A previsão legal é de 40 dias para finalizar os trabalhos, o prazo, no entanto, deve ser encurtado devido ao número de PMs envolvidos. "Queremos terminar antes. A própria corregedoria está na condução do inquérito policial militar, vamos dar o máximo de celeridade possível", assegura Rosa.
O afastamento
Conforme o coronel, o afastamento de tantos policiais é para que não haja juízo de valor. "Entende-se que a medida é adequada para que se investigue com mais celeridade. Eles ficam 24 horas, se necessário, à disposição do encarregado do inquérito", frisa. Sobre o soldado que foi preso, há indícios de que ele tenha ligações com jogo de caça-níquel.
"Foi uma ação necessária. A investigação vem se desenvolvendo há tempo e é fruto de um trabalho qualificado", pondera. A expectativa, a partir de agora, é de que tudo seja elucidado, com os apontamentos das responsabilidades. Tudo é feito, segundo ele, em cima do Código Penal Militar e do Código de Processo Militar.
O comando do 25º BPM foi procurado, mas optou por não comentar a situação. Para reforçar o efetivo, 30 militares do 1º Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), com sede em Porto Alegre, atuam na cidade.
Celulares, droga e arma
A reportagem apurou que, inicialmente, a ofensiva mirava em dois agentes que atuam no Município. Ambos teriam ligação direta com os jogos de azar e bingos clandestinos.
No entanto, durante o cumprimento dos mandados, os policiais encontraram droga, celulares sem procedência e até uma arma sem identificação no espaço usado pelos brigadianos. A medida é necessária para que a Brigada Militar consiga, com mais agilidade, identificar a responsabilidade de cada um.
“A instituição prima por transparência”
Comandante-Geral da BM, coronel Cláudio dos Santos Feoli diz que é necessária a atuação firme da corregedoria sempre que chega alguma denúncia contra a instituição ou algum policial que comete algum tipo de desvio. "Se nós nos cegarmos para esse tipo de comportamento, nivelamos todos por baixo e eles concorrem nas promoções em igualdade", expressa.
Feoli explica que, nesse inquérito, todos foram agregados, mas pontualmente, dois eram os alvos. "A ação foi para que as apurações sejam feitas sem nenhum tipo de interferência. Em breve, a maioria estará de volta." De acordo com ele, a corregedoria está sempre atenta aos eventuais desvios de conduta. "A instituição prima por transparência, legalidade e disciplina.