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Notícias | Região CANOAS

Desalinhamento com a prefeitura teria provocado afastamento da gestora do HU, diz CEO da Funam

"Estávamos insatisfeitos, era um sacrifício manter o Hospital Universitário", relatou Ruy Muniz

Por Felipe Uhr
Publicado em: 27.05.2022 às 20:10

A decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) pela interveção e transfrência da gestão do Hospital Universitário (HU) para a prefeitura de Canoas, tornada pública nesta sexta-feira (27), foi recebida até com certo alívio pelo CEO e diretor da Fundação Educacional Alto Médio São Francisco (Funam), Ruy Muniz. “Estávamos insatisfeitos, era um sacrifício manter a administração do HU”, desabafa.

CEO da Funam, Ruy Muniz
CEO da Funam, Ruy Muniz Foto: Reprodução
Segundo ele, a então administradora do HU propôs, durante uma reunião ocorrida na última terça-feira (24), que o contrato fosse rescindido e que a prefeitura ficasse no controle do hospital. “Nós propusemos isso, e o prefeito Nedy (de Vargas Marques) disse para gente continuar”, revela.

Muniz reiterou que a empresa não está saindo por corrupção ou desvio de dinheiro, e sim por uma falta de entendimento com a gestão municipal. “Viemos para Canoas para colaborar, e a Prefeitura não repassou o necessário (referindo-se a transferência de recursos financeiros). Pedimos desde março deste ano um reajuste. Se tivessem feito isto, teria (gestão da Funam) continuado.” O CEO prometeu uma transição tranquila. “Vamos esperar a comissão que vai assumir o hospital, e passaremos tudo a eles”.

A Funam alega que o repasse mensal de aproximadamente R$ 9,6 milhões feito pela prefeitura é insuficiente para a manutenção do hospital. Além disso, Muniz relata que o Poder Executivo não repassou R$ 1,5 milhão referente ao mês de abril, e que por isso ocorre falta de mantimentos e medicamentos. Apesar disso, Muniz destaca que a antiga gestora nunca deixou de prestar os serviços pactuados. “Em nenhum momento deixamos a população desassistida”, finaliza.

Além disso, de acordo com a fundação, desde que assumiu a gestão do HU, em janeiro deste ano, acumula um passivo financeiro superior a R$ 12 milhões. "O que recebemos não cobre 30% do custeio do hospital. Por isto pedimos, no início desta semana, o reequilíbrio do contrato", lemba Muniz.

A reportagem fez contato com a prefeitura de Canoas, mas nã teve retorno até a publicação desta matéria. Por volta de 19 horas desta sexta-feira, uma postagem em rede social da administração municipal confirmava a saída da Funam e garantia à população que o atendimento no HU segue normalmente.

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