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Ex-secretário de Canela teria pago criminoso para simular ataque à própria casa em Novo Hamburgo

Um dos homens que disse ter sido contratado para simular arrombamento na residência do biólogo prestou depoimento à Polícia Civil

Por Redação
Publicado em: 01.07.2022 às 16:20 Última atualização: 01.07.2022 às 16:22

Pode ter sido uma armação, o arrombamento na casa de Jackson Müller, ex-secretário de Meio Ambiente de Canela, preso pela segunda vez na manhã desta sexta-feira (1), em Novo Hamburgo. Em depoimento colhido por agentes da 3ª Delegacia de Polícia do bairro Canudos, o homem que invadiu a residência no início de março e foi flagrado por câmera oculta diz ter sido contratado pelo biólogo. O suspeito falou que recebeu R$ 15 mil para simular o furto. E que as armas (duas pistolas e uma cano longo) e HDs (discos de computadores), teriam sido jogados no Rio dos Sinos no mesmo dia. O criminoso decidiu confessar a participação na suposta fraude depois que viu as imagens.

Ex-secretário de Canela teria pago criminoso para simular ataque à própria casa em Novo Hamburgo
Ex-secretário de Canela teria pago criminoso para simular ataque à própria casa em Novo Hamburgo Foto: Reprodução/Polícia Civil

O furto na casa foi no dia 3 de março. Jackson cobrava da polícia a investigação e disse, em entrevista coletiva, que tinha identificado os ladrões (um que invadiu a casa e outro que ficou do lado de fora). O delegado Alexandre Quintão, titular da 3ª DP, cumpriu os mandados de busca e apreensão esta semana na casa dos dois. "Não encontramos os objetos, porque ele mesmo instruiu os criminosos a jogá-los no rio, justamente para não serem encontrados", disse Quintão. "O que entrou na casa confessou, disse que recebeu R$ 15 mil e deu R$ 5 mil para o outro, que foi motorista."

Conforme o delegado, o depoimento do suposto arrombador disse que foi orientado a não levar os drones e a revirar toda a casa. "Suspeitamos, porque ficaram na casa objetos de muito valor", acrescentou o delegado. Ele disse ainda que, no depoimento, o homem falou que teria sido chamado por Jackson sob pretexto que o biólogo queria dar um golpe no seguro, por isso a simulação. Teriam sido dois encontros, um para acertar a simulação e outro para a entrega do controle remoto. "(o Jackson) Disse que iria sair às 9 horas e voltar ao meio-dia, horário para o cara entrar na casa."

Na época do suposto crime, Quintão lembra que orientou o biólogo a registrar boletim de ocorrência sobre o furto do controle remoto que estaria no carro da esposa, o que nunca foi feito. O depoimento foi encaminhado para o delegado de Canela para continuação no inquérito que corre por lá. O procedimento em Novo Hamburgo é outro. "Vamos concluir, indiciando o Jackson por estelionato e falsa comunicação de crime", concluiu Quintão.

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