MP não oferta denúncia a indiciados da Cáritas e pede novas informações para a Polícia
Promotor solicita cópias de procedimentos de licenciamentos da Secretaria do Meio Ambiente, alvo das investigações das últimas fases da operação. Defesa de Jackson Müller pedirá pelo relaxamento da prisão preventiva
O promotor de São Francisco de Paula, Bruno Pereira, não ofertou denúncia em relação ao inquérito policial relativo a oitava e nona fases da Operação Cáritas. As últimas investigações se concentraram na Secretaria do Meio Ambiente de Canela e apuram vínculos existentes entre servidores de alto escalão da pasta com diversas empresas privadas que possuem atuação na área ambiental e que resultou na prisão por duas vezes do ex-secretário, Jackson Müller e outras 18 pessoas indiciadas.
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No documento enviado ao juízo da 1ª Vara Judicial da Comarca de Canela, o promotor afirma que "verifica-se a necessidade de buscar outras provas para o oferecimento de denúncia". Com isso, requisita novas diligências, entre elas, diversas cópias de procedimentos de licenciamento de empreendimentos e parques da cidade. Também pede que sejam realizados novos depoimentos com testemunhas, entre eles, empresários, sobre "uma eventual indicação de consultoria ambiental pelo secretário de Meio Ambiente Jackson Müller".
Relaxamento da prisão
Com a solicitação de novas provas e informações, o advogado de defesa de Jackson Müller, Ricardo Cantergi, deve solicitar ainda nesta sexta-feira (15) o relaxamento da prisão preventiva do biólogo.
O ex-secretário de Meio Ambiente está no Presídio Estadual de Canela há 14 dias, tendo sido preso pela segunda vez em 1º de julho, quando, conforme o delegado regional de Gramado, Heliomar Franco, Müller teria "forjado fatos" e "intimidado testemunhas".