Esquema de agiotagem está por trás de ataque com morte de menino de seis anos em Imbé
Companheiro da neta de sargento da reserva, pai da criança que morreu, era o alvo dos atiradores, segundo delegado; buscas foram feitas hoje no litoral norte e no Vale do Sinos
Um esquema de agiotagem envolvendo um grupo de colombianos pode estar por trás do ataque à casa de um policial militar aposentado, em Imbé, no último domingo (7). No atentado, ficaram feridos o sargento da reserva Alexandre de Jesus Ferreira, de 50 anos, e o filho, Brayan Vidal Ferreira, de 6, que não resistiu e morreu no hospital.
A investigação, a cargo do delegado de Imbé, Antônio Carlos Ractz Júnior, concluiu que o alvo dos criminosos era o companheiro da neta do PM aposentado. O homem, colombiano que não teve o nome informado, é procurado para prestar depoimento.
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A motivação para os crimes seria um desacerto entre os integrantes da organização criminosa que emprestava dinheiro com juros abusivos. Ractz explica que o esquema tinha ligação direta com a Colômbia, com dinheiro lavado no Brasil e devolvido ao país vizinho.
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— Jornal NH (@jornalnh) August 10, 2022
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Buscas no litoral norte e Vale do Sinos
Na manhã desta quarta-feira, agentes da Polícia Civil e da Brigada Militar (BM) cumpriram 14 mandados de busca e apreensão no litoral norte e no Vale do Sinos. A ação aconteceu em Imbé, Tramandaí, Capão da Canoa e em Campo Bom.
Um colombiano de 45 anos foi preso em flagrante com dinheiro falso na operação. Com ele foram apreendidas notas falsas de reais. A Polícia também recolheu três motocicletas, capacetes e roupas usadas durante os homicídios, celulares e cerca de R$ 15 mil, em peso colombiano, euro e dólar.
Conforme a Polícia, as apreensões poderão auxiliar os órgãos de segurança a entender as circunstâncias da invasão da residência do sargento.
Mais de 50 tiros
Os três homens que invadiram a casa do sargento da reserva, em Imbé, disparam mais de 50 tiros com pistolas. Conforme o delegado Antônio Carlos Ractz Junior, eles “só não mataram todos que estavam na casa porque acabaram as munições.”
