Publicidade
Notícias | Região SAPUCAIA DO SUL

Comerciante que matou cachorrinha a tiros de chumbinho pode ter sentença em 15 dias

Caso da morte da cachorrinha Belinha gerou comoção em outubro de 2020; uma audiência foi realizada nesta semana e ouviu ambas as partes

Por Renata Strapazzon
Publicado em: 19.08.2022 às 15:15 Última atualização: 19.08.2022 às 15:45

A morte da cachorrinha Belinha, caso de maus-tratos que gerou grande comoção em Sapucaia do Sul em outubro de 2020, está perto de ter uma definição na esfera Judicial. Na quinta-feira (18) foi realizada uma audiência em que foram ouvidos os advogados de acusação e de defesa, além de cinco testemunhas: os dois adolescentes, a mãe do dono de Belinha e duas outras testemunhas arroladas pelo Ministério Público. A partir disso, a expectativa é de que a sentença criminal do acusado seja emitida em 15 dias.

Caso da morte da cachorrinha Belinha gerou comoção em Sapucaia do Sul em outubro de 2020
Caso da morte da cachorrinha Belinha gerou comoção em Sapucaia do Sul em outubro de 2020 Foto: Reprodução
Na audiência desta semana, o advogado da família de Belinha, Alcides Fernandes de Almeida, considerou a audiência como “muito boa” e esclarecedora de como tudo aconteceu. “Agora começa a contar o prazo dos memoriais, quando a defesa e o Ministério Público fazem suas manifestações e o caso vai para a conclusão do juiz. O prazo é de 15 dias corridos para que seja dada a sentença criminal”, explica Almeida.

Segundo ele, haverá a parte cível do processo, que pedirá indenização à família. “É uma reparação pelos danos morais e como forma de reparação do que o acusado fez. Nada vai trazer a cachorrinha de volta, mas é um meio de amenizar a dor e de punir de forma pedagógica o autor, fazendo ele sentir no bolso para que o fato não se repita”, diz. Sem revelar valor pedido inicialmente na ação, o advogado esclarece que o montante da indenização ficará a cargo do juiz. “Mas neste caso, é levada em consideração a questão socioeconômica do autor”, esclarece.

A reportagem tentou contato com a advogada responsável pela defesa do comerciante, que preferiu não se manifestar, informando apenas que o caso “está em segredo de justiça”.

Relembre o caso

O crime aconteceu no bairro Boa Vista, no feriado de Nossa Senhora Aparecida, dia 12 de outubro de 2020. Na tarde daquele dia, a cachorrinha Belinha morreu em frente a um minimercado na Avenida Juventino Machado, no Loteamento Nascer do Sol, após ser atingida por tiros de chumbinho, disparados pelo dono do estabelecimento comercial. O tutor do animal, um menino de 13 anos, e o primo dele, 15, faziam compras no local quando ouviram os disparos. Eles ainda tentaram socorrer a cachorrinha, que acabou morrendo instantes depois, nos braços do dono.

A Brigada Militar foi acionada e prendeu o comerciante, na época com 42 anos, em flagrante. A arma de pressão usada por ele foi apreendida. No momento da prisão, o homem disse aos policiais que a intenção não era a de matar o animal, apenas assustá-lo para sair do local. Ele acabou solto no dia seguinte.

 

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas
Botão de Assistente virtual