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Notícias | Região SÃO LEOPOLDO

Família espera liberação de corpo de jovem encontrado morto no Rio dos Sinos em julho

Irmã de Bruno Couto diz que exame de DNA já confirmou que corpo é mesmo do jovem, mas liberação para o sepultamento esbarra na burocracia

Por Renata Strapazzon
Publicado em: 19.08.2022 às 14:29 Última atualização: 19.08.2022 às 16:03

Uma dor sem fim. Assim tem sido, dia a dia, a vida da família de Bruno Couto, de 26 anos, desde que ele, o caçula de quatro irmãos, desapareceu no último dia 13 de junho. O corpo do jovem foi localizado mais de um mês depois, em 27 de julho, no Rio dos Sinos, na localidade conhecida como Balsa do Carioca, em Sapucaia do Sul.

Bruno Couto, 26 anos, estava desaparecido desde o dia 13 de junho
Bruno Couto, 26 anos, estava desaparecido desde o dia 13 de junho Foto: Arquivo pessoal
Apesar do avançado estado de decomposição, Bruno foi reconhecido pela irmã, Tatiana Couto, 36, pelas tatuagens que tinha em um dos braços e nos pulsos, além das roupas que vestia: as mesmas de quando havia sido visto com vida pela última vez.

Um exame de DNA feito pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) também teria comprovado que Tatiana e o homem encontrado morto no Sinos seriam filhos da mesma mãe.

No entanto, mesmo com tantas evidências e provas da identificação do cadáver, até esta sexta-feira (19), a família buscava, sem sucesso, a liberação do corpo do jovem para providenciar um sepultamento digno a ele. Segundo Tatiana, a alegação do IGP para a não liberação do corpo é de que ele possa ser de qualquer outro irmão de Tatiana.

"Só que minha mãe tem apenas dois filhos homens, o Bruno e um outro que está preso na PEJ (Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas). E este meu outro irmão está lá na PEJ, minha mãe vai visitá-lo", desabafa Tatiana. Além dos dois homens, os pais de Tatiana tiveram outras duas filhas mulheres: ela e uma irmã, que faleceu há 10 anos em decorrência de uma leucemia.

"Fomos orientados a buscar ajuda da Defensoria Pública para entrar com uma ação judicial para reconhecimento de paternidade", explica a irmã, destacando que o pai deles é falecido desde 2020. "Estamos neste sofrimento desde o dia 13 de junho [dia do desaparecimento]. Minha mãe está completamente arrasada. Não bastasse toda a dor do desaparecimento e de ter encontrado o filho sem vida, agora mais esta situação de não conseguir dar um enterro digno a ele", desabafa.

Segundo ela, um modo de ter o corpo do irmão liberado seria como "desconhecido". "Não queremos isso. Sabemos que é ele e vamos sepultá-lo de forma digna", justifica. Conforme Tatiana, o laudo do IGP apontou a causa da morte de Bruno como afogamento.

Procurado pela reportagem, o IGP informou que "provavelmente, a situação se trata de um irmão de Tatiana, mas não é possível afirmar que seja o irmão procurado (Bruno)". "Por isso, a necessidade da identificação judicial. Conforme a instrução normativa, a documentação do óbito é emitida como desconhecido. A família faz o sepultamento e depois, querendo, retifica a documentação", diz a nota.

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