Idoso que consertava bicicletas está há cinco meses desaparecido em Nova Petrópolis

O paradeiro do aposentado Alcenio Reinoldo Ludke, 66 anos, intriga Polícia e familiares. Conhecido como Popeye, ele não é visto desde março pelos vizinhos, na área central de Nova Petrópolis. A casa, na Rua São José do Caí, onde consertava bicicletas e guarda-chuvas, está fechada e abandonada.

"Estamos muito preocupados que tenham feito algum mal pra ele", diz, entre lágrimas, uma parente moradora de Novo Hamburgo que pede para não ser identificada. "Estamos com medo." Ela acrescenta que Alcenio é solteiro, não tem filhos e morava sozinho. "É um homem sem vícios e que não tinha namorada. Pelo que a gente sabe, também não tinha desavenças."

Dinheiro

A parente conta que Alcenio fazia consertos em casa para complementar a renda da aposentadoria de salário mínimo. Apesar da vida humilde, ele estaria para receber dinheiro de ação judicial. "Esse é nosso medo. Que alguém tenha pego ele por causa disso, mas não sabemos de nada. Estamos sem notícias." Ela frisa que ele usava óculos. "É um idoso debilitado." O registro do desaparecimento foi feito em 26 de julho.

'Não temos indícios', diz delegado

O delegado de Nova Petrópolis, Fabio Idalgo Peres, conta que, após o registro da ocorrência, ainda no mês passado, foram feitas buscas na casa, com ajuda do Corpo de Bombeiros. "Não temos indícios. Apuramos que o desaparecido deixou alguns pertences com amigos, se desfez do botijão de gás, do cachorrinho. Colocou placas na frente de casa dizendo 'não está à venda', 'não entre', e não foi mais visto depois disso."

No contexto da investigação, os policiais apuram se os avisos foram por vontade de Alcenio ou se alguém o coagiu. Informações podem ser passadas para o 181, telefone do disque-denúncia da Secretaria da Segurança Pública.