Família de advogada de São Leopoldo desaparecida há 50 dias contratou investigadores particulares
Alessandra Dellatorre foi vista pela última vez na tarde de 16 de julho quando saiu para caminhada; equipe trabalha com a lógica de que a jovem está viva
O desaparecimento da advogada leopoldense Alessandra Dellatorre, 29 anos, completa 50 dias nesta segunda-feira (5). Moradora do bairro Cristo Rei, Alessandra foi vista pela última vez na tarde de 16 de julho, quando saiu de casa para fazer uma caminhada nas proximidades. Aquela, segundo a família, era a segunda caminhada da jovem no dia. Um comportamento habitual, relatam os parentes.A diferença, naquele sábado, foi o trajeto escolhido por Alessandra para a caminhada. Normalmente, segundo a família, a jovem ficava apenas na Avenida Unisinos. No dia do desaparecimento, de acordo com testemunhas, ela teria sido vista entrando em área de mata na Estrada do Horto, que liga São Leopoldo a Sapucaia do Sul.
Já nas primeiras horas da confirmação do desaparecimento, Polícia Civil, Brigada Militar, Exército, Corpo de Bombeiros, familiares e moradores fizeram buscas pela advogada. O trabalho intenso na primeira semana, que se concentrou na área de mata, contou com o apoio de cães farejadores e helicópteros. Sozinhos, os pais também fizeram incursões pelo local. No início de agosto, equipes voltaram para mais uma varredura na mata, mas não encontraram nenhum vestígio da jovem.
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Equipe particular
Para auxiliar no trabalho investigativo, recentemente a família de Alessandra contratou uma equipe particular. "Contratamos um escritório de advocacia para realizar o que se chama de 'investigação defensiva'. O objetivo é ir além da tese da Polícia, de que foi suicídio. A família trabalha com outras hipóteses, até porque, se fosse suicídio, deveríamos já ter um corpo. Ou seja, a Polícia trabalha com a lógica de que ela está morta, e nós trabalhamos com a lógica de ela está vida", diz a tia e madrinha de Alessandra Érica Dellatorre.
Além disso, segundo Érica, a família contratou, também, especialistas para fazer o que se chama de 'autópsia psicológica', que serve para traçar o perfil psicológico de uma pessoa morta ou desaparecida. "O resultado foi 'inconclusivo para suicídio'. Em suma, especialistas não ratificam a tese da Polícia", acrescenta Érica.
Cartazes na região e recompensa
Para auxiliar nas buscas pela jovem, cartazes com a foto de Alessandra foram distribuídos por diversos pontos de São Leopoldo e também de cidades vizinhas. Além disso, um telefone de contato direto com a família foi disponibilizado, por meio do número (51) 99771-5838 e criado o perfil no Instagram @procurandoale. Mobilizados, os pais de Alessandra chegaram a oferecer uma recompensa de R$ 15 mil a quem a entregasse viva à família.