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Desfile cívico de Novo Hamburgo destaca a importância da leitura e da interculturalidade

Evento em celebração ao Bicentenário da Independência reuniu pessoas de diferentes gerações e entidades no centro da cidade

Por Júlia Taube
Publicado em: 07.09.2022 às 14:39 Última atualização: 08.09.2022 às 11:38

Após dois anos sem festividades, o Sete de Setembro em Novo Hamburgo reuniu mais de cem entidades para o desfile cívico em celebração ao Bicentenário da Independência durante a manhã desta quarta-feira. Escolas, organizações não governamentais (ONGs) e forças de seguranças percorreram a Avenida Pedro Adams Filho, na região central, entre as ruas Marcílio Dias e Joaquim Nabuco. A programação contou também com a chegada do Fogo Simbólico da Pátria.

O evento, que estimava reunir cerca de cinco mil participantes, levou para as ruas temáticas como meio ambiente, educação, saúde, tecnologia e esportes. A importância da literatura e o respeito entre as diferentes culturas e grupos étnicos também motivaram cartazes e adereços.

A data que marca a Independência do Brasil também é de comemoração para o estudante José Jimenez, que completou 11 anos neste dia 7. Aluno do 4º ano da Escola Municipal Presidente João Goulart, o menino venezuelano desfilou, simbolizando a interculturalidade do País. "Eu gostei de participar do desfile. É a minha primeira vez. Eu nunca tinha participado de algo como esse desfile. Gostei", conta, animado.

Para a colega Monique Araújo dos Reis, 10, o evento foi um momento de alegria. "É muito legal, divertido também, e isso é bom porque a gente brinca, a gente passa, e todo mundo nos vê."

A escola é uma das beneficiadas pelo programa Movimentos e Vivências na Educação Integral (Move), da Secretaria Municipal de Educação. De acordo com a coordenadora da região oeste do Move, Tamiris da Silva Pereira, dentre os centros educacionais desse eixo, a João Goulart é a que tem o maior número de migrantes vindos da Venezuela. "A importância de trazer esse assunto é a interculturalidade e o acolhimentos desses estrangeiros nas escolas", declara Tamiris.


A leitura também foi destaque. Nove escolas de educação infantil da cidade trabalharam o tema 'Ler, ouvir e viver histórias'.

Dançando em seu carrinho de passeio, Maria Catharina, de 1 ano e quatro meses, fez a sua estreia em desfiles cívicos. Integrante da Escola Municipal de Educação Infantil João Vidal Campanhoni, ela estava acompanhada da mãe, a técnica em enfermagem Andressa Becker, 25, que ressaltou o valor dos livros na vida das crianças. "Eu achei importante trazer para ela já ir conhecendo."

Maria Catharina, acompanhada da mãe, Andressa Becker
Maria Catharina, acompanhada da mãe, Andressa Becker Foto: Júlia Taube
O encontro de gerações era evidente durante o ato tradicional. A aposentada e integrante do programa Melhor Idade, Elisete Bernardes Witt, 62, conta que participar do desfile é relembrar a infância. "É muito gostoso, uma coisa diferente que sai da rotina, muda e parece que faz a gente voltar a ser criança. Quando eu estudava, vinha sempre aos desfiles. É emocionante, parece que voltamos no tempo. A gente se sente um pouco mais jovem", define, com um sorriso no rosto.

Os organizadores do evento e a Brigada Militar (BM) não souberam informar o número total de pessoas que assistiram ao desfile.

O Fogo Simbólico

O desfile que comemorou os 200 anos da Independência do Brasil teve a sua abertura com a chegada do Fogo Simbólico da Pátria, que tradicionalmente percorre o Rio Grande do Sul. A chama, que esteve guardada na sede do Corpo de Bombeiros, foi entregue pelas mãos de maratonistas. A chegada a Novo Hamburgo ocorreu no dia 18 de agosto.

Fogo Simbólico da Pátria
Fogo Simbólico da Pátria Foto: Júlia Taube

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