Desfile cívico de Novo Hamburgo destaca a importância da leitura e da interculturalidade
Evento em celebração ao Bicentenário da Independência reuniu pessoas de diferentes gerações e entidades no centro da cidade
Após dois anos sem festividades, o Sete de Setembro em Novo Hamburgo reuniu mais de cem entidades para o desfile cívico em celebração ao Bicentenário da Independência durante a manhã desta quarta-feira. Escolas, organizações não governamentais (ONGs) e forças de seguranças percorreram a Avenida Pedro Adams Filho, na região central, entre as ruas Marcílio Dias e Joaquim Nabuco. A programação contou também com a chegada do Fogo Simbólico da Pátria.
O evento, que estimava reunir cerca de cinco mil participantes, levou para as ruas temáticas como meio ambiente, educação, saúde, tecnologia e esportes. A importância da literatura e o respeito entre as diferentes culturas e grupos étnicos também motivaram cartazes e adereços.A data que marca a Independência do Brasil também é de comemoração para o estudante José Jimenez, que completou 11 anos neste dia 7. Aluno do 4º ano da Escola Municipal Presidente João Goulart, o menino venezuelano desfilou, simbolizando a interculturalidade do País. "Eu gostei de participar do desfile. É a minha primeira vez. Eu nunca tinha participado de algo como esse desfile. Gostei", conta, animado.
Para a colega Monique Araújo dos Reis, 10, o evento foi um momento de alegria. "É muito legal, divertido também, e isso é bom porque a gente brinca, a gente passa, e todo mundo nos vê."
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Desfiles marcam o feriado de Sete de Setembro na região
Dançando em seu carrinho de passeio, Maria Catharina, de 1 ano e quatro meses, fez a sua estreia em desfiles cívicos. Integrante da Escola Municipal de Educação Infantil João Vidal Campanhoni, ela estava acompanhada da mãe, a técnica em enfermagem Andressa Becker, 25, que ressaltou o valor dos livros na vida das crianças. "Eu achei importante trazer para ela já ir conhecendo."O encontro de gerações era evidente durante o ato tradicional. A aposentada e integrante do programa Melhor Idade, Elisete Bernardes Witt, 62, conta que participar do desfile é relembrar a infância. "É muito gostoso, uma coisa diferente que sai da rotina, muda e parece que faz a gente voltar a ser criança. Quando eu estudava, vinha sempre aos desfiles. É emocionante, parece que voltamos no tempo. A gente se sente um pouco mais jovem", define, com um sorriso no rosto.
Os organizadores do evento e a Brigada Militar (BM) não souberam informar o número total de pessoas que assistiram ao desfile.
O Fogo Simbólico
O desfile que comemorou os 200 anos da Independência do Brasil teve a sua abertura com a chegada do Fogo Simbólico da Pátria, que tradicionalmente percorre o Rio Grande do Sul. A chama, que esteve guardada na sede do Corpo de Bombeiros, foi entregue pelas mãos de maratonistas. A chegada a Novo Hamburgo ocorreu no dia 18 de agosto.