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Notícias | Região POLÍCIA

Homem é condenado a 26 anos por tentativa de homicídio a dois policiais

Militares tentaram conter o acusado após um assalto cometido em outubro de 2017 no município de Canoas

Por Thiago Padilha
Publicado em: 03.10.2022 às 03:00 Última atualização: 03.10.2022 às 14:16

O Tribunal do Júri da Comarca de São Leopoldo condenou um homem a 26 anos de reclusão pela tentativa de homicídio de dois policiais militares que tentaram o conter após um assalto cometido em outubro de 2017 em Canoas. O julgamento ocorreu na quinta-feira (29), quando foi definida a pena que deve ser cumprida em regime fechado. Além disso, o réu Ariel Silva da Silva deverá indenizar em R$ 7 mil a família que teve o veículo roubado a título de reparação e mais R$ 1 mil para cada um dos agentes de segurança por dano moral.

A defesa informou a reportagem que já está com os autos do processo para recorrer. Por enquanto, ele segue recolhido no Presídio Estadual de Taquara (Petaq). O juiz José Antônio Prates Piccoli, da 1ª Vara Criminal, relatou na pronúncia do processo que a vítima dirigia seu Lifan 320, quando foi abordada por dois homens armados na Rua Dr. Barcelos, no Centro de Canoas. O motorista teria sido obrigado pela dupla a passar para o banco do carona, enquanto eles rodavam com o veículo com uma arma apontada para sua cabeça por cerca de duas horas e meia.

Ele só foi solto em Sapucaia do Sul, de onde seguiram para São Leopoldo. Na Rua Adão Gehardt, bairro Fazenda São Borja, foram localizados pelos brigadianos e tentaram fugir. Houve perseguição a pé e acabaram atirando contra a Brigada Militar, que revidou. Após pular muros de algumas casas, o acusado foi detido dentro do pátio de uma residência com uma arma de fogo e a chave do veículo que havia sido roubado. Ele foi preso e o comparsa conseguiu fugir.

Defesa aponta erros no processo

Conforme o advogado Eliel Freitas da Silva, que defendeu o acusado, "as teses defensivas estão firmadas em princípios do Direito Penal e agora para o recurso, entrará a decisão contrária a prova dos autos e principalmente muitos vícios e erros processuais". "Principalmente porque nos autos existem erros do próprio MP (Ministério Público) e tudo isso será trazido ao conhecimento do TJ/RS (Tribunal de Justiça) em sede de recurso", acrescentou.

Um dos pontos levantados é que no reconhecimento na polícia não havia outras pessoas para que a vítima pudesse identificar o assaltante.

Defensor registra ocorrência contra promotor

O advogado Eliel revelou uma situação delicada durante o júri. "Houve discussões muito inflamadas, com acusações muito fortes proferidas pelo promotor (...), onde tudo foi registrado em ata, nos incidentes da sessão. E hoje (sexta-feira) também registrei a ocorrência policial contra esse promotor pelas acusações, calúnia e difamações proferidas por ele contra a pessoa do defensor do réu, contra a minha pessoa. Ou seja, esse júri não acabou quinta-feira... Certamente ainda haverão outros tantos capítulos."

A reportagem entrou em contato com o Ministério Público, mas até a publicação do texto não recebeu retorno sobre o caso.

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