Oktoberfest de Igrejinha mescla tradição e modernidade para atrair público
Celebração à cultura dos imigrantes alemães vai ganhando cada dia mais elementos modernos que se misturam ao tradicional
Conhecida como uma celebração às tradições dos imigrantes alemães, a Oktoberfest de Igrejinha precisou se reinventar e ampliar o repertório, que há muito tempo se tornou uma festa multitemática. Quem circulou pelas dependências do Parque de Eventos Almiro Grings na tarde deste sábado (22) pôde aproveitar as mais diversas atrações, que iam dos tradicionais jogos germânicos, passando pela apresentação de dança dos grupos folclóricos e das tradicionais bandinhas alemãs espalhadas por toda a extensão do Parque, até ambientes com trio elétrico e músicas que fazem sucesso no TikTok.
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Já Maria Eduarda tinha uma visão diferente e diz optar por aproveitar a festa como um todo. “Gosto dessa diversidade, de poder ouvir uma bandinha alemã e uma de rock, por exemplo.”
Mudança para atrair
Voluntário na Oktoberfest de Igrejinha há 23 anos, Alexandre Barboza diz que a mudança foi necessária para manter a festa atrativa a um novo público, mas sem deixar para trás os frequentadores mais tradicionais. “A festa foi acrescentando outro tipo de atração e ficando muito mais atrativa para o público jovem.”
Mesmo atualizada, a festa não deixa em nenhum momento de lembrar que o motivo da comemoração é celebrar a cultura trazida pelos imigrantes alemães. O que se vê nos diversos visitantes com trajes típicos, além das músicas de bandinha e outras cantadas em alemão.
Há também as apresentações artísticas que ressaltam o folclore. Neste ano, Igrejinha voltou a realizar a festa de forma presencial, trazendo um público mais sedento pelas comemorações. “Depois de dois anos de pandemia, eles estavam ansiosos para voltar a festejar”, afirma Barboza.
Dever cumprido
Segundo o presidente da Associação de Amigos da Oktoberfest, Tiago Petry, o evento foi uma grande festa, que contou com a colaboração de mais de três mil voluntários. “Nossa sensação é de dever cumprido, vivemos momentos difíceis nos últimos três anos e lidamos com uma pandemia, onde não tínhamos manual para saber conduzir. O mais desafiador foi não deixar a festa cair no esquecimento”, reforça Petry.
Por isso, conforme Petry, a festa voltou em grande magnitude. “Uma festa linda, cheia e que coloca Igrejinha no cenário das maiores festas do Brasil”, acrescenta. As atividades inéditas, que foram o Aquece Oktober e a Noite Cultural - Oktober Dança, foram muito importantes. “Tivemos feedbacks positivos tanto dos promotores quanto do público. Eventos que atenderam totalmente as expectativas, assim como a edição que marcou a nossa retomada. Uma retomada que foi muito esperada e desejada”, salienta Petry.