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Professora acusa mulher de racismo durante atos políticos na região central de Novo Hamburgo

Discriminação racial aconteceu na tarde deste sábado na Praça Punta del Leste; vítima também relatou ter tido cabelos puxados e ter sido alvo de spray de pimenta

Por Redação
Publicado em: 29.10.2022 às 18:21 Última atualização: 29.10.2022 às 18:48

Durante todo o sábado (29), dezenas de petistas e bolsonaristas se manifestavam de forma pacífica na Praça Punta del Leste, na região central de Novo Hamburgo, até que por volta das 15 horas uma confusão gerou ataques racistas. A professora Dienifer da Conceição, de 28 anos, conta que foi chamada de “preta fedorenta”, além de ter os cabelos puxados e ter sido alvo de um spray de pimenta. Segundo quem participava das manifestações, a Brigada Militar foi chamada diversas vezes, e só apareceu cerca de duas horas depois.

Militantes se exaltam durante manifestação em Novo Hamburgo
Militantes se exaltam durante manifestação em Novo Hamburgo Foto: GES-Especial


De acordo com a vítima, a situação iniciou à tarde, após algumas pessoas tentarem coagir o povo indígena que estava próximo ao shopping. “Quando eu cheguei perto, ouvi que umas das mulheres indígenas pediu para as os manifestantes saíssem dali, porque elas estavam tentando ganhar dinheiro para colocar comida em casa”, conta Dienifer. Foi aí que os ânimos se exaltaram.

De repente, um tumulto aconteceu e Dienifer foi agredida, por pessoas que não conseguiu identificar, com puxões de cabelo. “O meu símbolo, da minha negritude. Puxaram o meu cabelo. Depois veio essa mulher com um spray de pimenta, mas eu consegui desviar. Ela se afastou e saiu falando que eu sou 'preta fedorenta'”, diz a professora.

A agressora permaneceu no local ofendendo verbalmente quem tentava se aproximar dela. Alguns manifestantes ligaram para a Brigada Militar. Durante a movimentação, um carro da Guarda Municipal parou na praça. Os agentes, que não saíram do carro, ouviram os relatos e informaram que nada poderia ser feito no local. Um deles aconselhou que a vítima fosse prestar queixa na delegacia. Horas depois, a Brigada chegou ao local. A vítima foi à delegacia fazer o boletim de ocorrência e está acompanhada por uma advogada.

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