Professora acusa mulher de racismo durante atos políticos na região central de Novo Hamburgo
Discriminação racial aconteceu na tarde deste sábado na Praça Punta del Leste; vítima também relatou ter tido cabelos puxados e ter sido alvo de spray de pimenta
Durante todo o sábado (29), dezenas de petistas e bolsonaristas se manifestavam de forma pacífica na Praça Punta del Leste, na região central de Novo Hamburgo, até que por volta das 15 horas uma confusão gerou ataques racistas. A professora Dienifer da Conceição, de 28 anos, conta que foi chamada de “preta fedorenta”, além de ter os cabelos puxados e ter sido alvo de um spray de pimenta. Segundo quem participava das manifestações, a Brigada Militar foi chamada diversas vezes, e só apareceu cerca de duas horas depois.
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De repente, um tumulto aconteceu e Dienifer foi agredida, por pessoas que não conseguiu identificar, com puxões de cabelo. “O meu símbolo, da minha negritude. Puxaram o meu cabelo. Depois veio essa mulher com um spray de pimenta, mas eu consegui desviar. Ela se afastou e saiu falando que eu sou 'preta fedorenta'”, diz a professora.
A agressora permaneceu no local ofendendo verbalmente quem tentava se aproximar dela. Alguns manifestantes ligaram para a Brigada Militar. Durante a movimentação, um carro da Guarda Municipal parou na praça. Os agentes, que não saíram do carro, ouviram os relatos e informaram que nada poderia ser feito no local. Um deles aconselhou que a vítima fosse prestar queixa na delegacia. Horas depois, a Brigada chegou ao local. A vítima foi à delegacia fazer o boletim de ocorrência e está acompanhada por uma advogada.