Estudantes da região premiados na Mostratec apresentarão seus projetos na Suíça e na Tunísia
Dexter Pires Seider, 18, e Stephanie Staub, 19, são alunos da Fundação Liberato e estão com as participações garantidas em eventos internacionais
Os alunos da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, Dexter Pires Seider, 18 anos, morador de Esteio, e Stephanie Staub, 19, de Novo Hamburgo, se destacaram na Mostratec 2022 e estarão representando a região em eventos internacionais.
Com o projeto 'Avaliação do potencial antifúngico do agrião como alternativa de combate ao fungo Malassezia pachydermatis', Dexter recebeu o prêmio Pró-Sinos e vai participar do International Swiss Talent Forum, na Suíça, enquanto Stephanie apresentará o trabalho '2Rescue - Dispositivo de apoio para localizar bombeiros em estruturas colapsadas' no International Festival Of Engineering Science and Technology, na Tunísia, a partir do prêmio Killing de Tecnologia.
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“Em março de 2022 eu entrei em contato com os bombeiros da sede do 2º Batalhão de Bombeiros Militar, em São Leopoldo, para conhecer os equipamentos e a dinâmica do trabalho deles e entender melhor o contexto. Depois, fui atrás de escolher as tecnologias para o trabalho e começar a trabalhar com metodologia definida junto com a orientadora”, acrescenta Stephanie.
A partir de seus estudos, a estudante utilizou o princípio da radiofrequência para ler o indicador de intensidade de sinal recebido e sinalizar a aproximação e o distanciamento de dois dispositivos independentes. “Me tocou muito o desaparecimento dos bombeiros e agora pretendo continuar minha pesquisa e alcançar alguma empresa que forneça produtos para bombeiros para que juntos possamos viabilizar um dispositivo seguro e aprovado pelos órgãos competentes”, relata.
O dispositivo criado pela estudante de eletrônica é composto por duas peças, uma que ficará junto com o bombeiro em serviço e outra com os responsáveis pelo monitoramento. Em caso de sumiço, quando um dos dispositivos se aproxima do outro é emitido um sinal sonoro. “Existe algo parecido no mercado, mas custa em torno de R$ 10 mil e o que eu criei seria muito mais acessível”, destaca Stephanie.
Já Dexter procurou uma fórmula para ajudar os animais por meio do amor pela microbiologia e pela química como uma área de atuação. “A minha pesquisa nasceu pelo carinho e amor pela metodologia. Sempre quis me especializar nessa área e melhorar minhas habilidades, e consegui. Estudei o agrião, que é uma planta medicinal muito utilizada, e consegui verificar que o agrião foi capaz de inibir o crescimento de microrganismo e se mostrou um possível agente para executar o tratamento das micoses nos animais”, explica o aluno.
Dexter destaca que a planta "foi capaz de inibir o crescimento desse microrganismo e se mostrou um possível agente para executar o tratamento das micoses causadas por esse fungo, apresentando também maior rentabilidade e acessibilidade quando comparado com o remédio padrão já utilizado”.
E, apesar das dificuldades, o estudante afirma que o projeto o ajudou a se entender ainda mais como profissional e cientista. Ele finaliza dizendo que ganhar o reconhecimento na Mostratec é o começo de um sonho. “Foi algo surreal e confirmador para mim, e sempre quis viajar para a Europa e vou começar pela Suíça.”