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Notícias | Região IMUNIZAÇÃO

Só metade da população da região está com esquema vacinal completo contra a Covid

Com o avanço da subvariante BQ.1, municípios como Novo Hamburgo registraram aumento da procura pela quarta dose. Porém, número de doses de reforço aplicadas ainda é baixo

Por Carla Fogaça
Publicado em: 18.11.2022 às 07:00 Última atualização: 18.11.2022 às 07:18

Com a elevação dos casos de Covid-19 na última semana, se acendeu um alerta sobre a baixa procura pelas doses de reforço contra a doença. Conforme os dados do Sistema 3As de Monitoramento do governo do Estado, atualizado na última quarta-feira (16), a região de Novo Hamburgo (R07), que agrupa outros 14 municípios, possui 50,8% da população com esquema vacinal completo contra o coronavírus, sendo que 83,5% tomaram a primeira dose e 75% fizeram até a segunda.

Em Novo Hamburgo, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), até a primeira semana de novembro, a quarta dose havia sido aplicada em 36.190 pessoas. Os dados mostram ainda que foram aplicadas 208.469 primeiras doses, 184.681 segundas doses e 104.318 terceiras (a primeira de reforço).

Com subvariante, vacinação em dia é importante
Com subvariante, vacinação em dia é importante Foto: Agência Brasil/Arquivo


"Após o início da vacinação e a grande procura da população para a imunização houve uma busca intensa de primeira e segunda doses, porém, como o passar do tempo, ocorreu uma queda, seguida de estabilidade pela procura", explica o secretário de Saúde de Novo Hamburgo, Marcelo Reidel. Ele diz que a procura ficou mais intensa nos últimos dias, com a repercussão da subvariante BQ.1. "Tivemos um aumento na procura pela quarta dose, o que resultou em faltas pontuais da imunização. São faltas que conseguimos resolver rapidamente. Na quinta-feira (17), buscamos 400 doses de adiantamento em Porto Alegre e na semana que vem devem chegar os lotes, que são enviados a cada 15 dias, sem quantitativo específico", explica Reidel.

Os dados das secretarias municipais de Saúde mostram que a estabilidade pela procura é realidade em diversas cidades da R07. Em Estância Velha, por exemplo, 41.610 pessoas tomaram a primeira dose, mas somente 8.454 haviam feito a quarta até o fim da primeira semana de novembro. No mesmo período, Ivoti aplicou 19.394 primeiras doses, e apenas 3.518 quartas.

Em Campo Bom, os dados da Secretaria Municipal de Saúde confirmam a tendência de poucas doses de reforço aplicadas. A terceira soma 29 mil. A quarta, 10 mil. No total, a cidade aplicou 150 mil. "É muito importante que as pessoas completem o esquema vacinal", frisa a secretária de Saúde de Campo Bom, Suzana Ambros Pereira.

Outras cidades, como Sapiranga (R07) e Taquara e Igrejinha, que pertencem à R06, também apontam em seus relatórios um número bem baixo de aplicação das doses de reforço, se comparado ao alcançado nas duas primeiras etapas.

Quem pode tomar a quarta dose da vacina?

A recomendação da Secretaria Estadual de Saúde (SES) aos municípios é que, no momento, a quarta dose seja aplicada com prioridade em pessoas de 18 a 39 anos com comorbidades, em pessoas com 40 anos ou mais, além de profissionais da saúde, respeitando o intervalo de quatro meses do primeiro reforço.

Entretanto, a SES diz que caso o município avalie que esses públicos já foram atendidos e haja disponibilidade de doses, a imunização pode ser ampliada para a população em geral acima dos 18 anos.

Igrejinha segue o público indicado pelo Estado. Sapiranga abriu para população em geral a partir de 30 anos. Campo Bom, Dois Irmãos, Ivoti e Taquara estenderam a quarta dose para a população em geral, com ou sem comorbidades, acima dos 18 anos. Estância Velha já estendeu para o público acima de 30 anos. Em Novo Hamburgo, pessoas com 35 anos ou mais já podem receber a quarta dose da vacina e a partir dos 18 anos com comorbidade.

Os municípios estão ainda aptos a imunizar com a primeira dose crianças de 5 a 11 anos. Crianças com comorbidades de 3 a 5 anos podem ser vacinadas. A partir da semana que vem o Estado entregará doses da Pfizer pediátrica para os municípios começarem a imunização em crianças de 6 meses a 3 anos, com comorbidade.

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