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Casos de Covid aumentam e alta em internações e nas UTIs preocupa no Vale do Sinos

Situação se reflete País afora e reforça necessidade de vacina em dia. Especialista recomenda ainda o uso de máscara em locais fechados

Por Joceline Silveira
Publicado em: 28.11.2022 às 07:00 Última atualização: 28.11.2022 às 08:01

Nas últimas semanas, a Região 07 do Sistema 3As de Monitoramento Covid, liderada por Novo Hamburgo, tem registrado aumento de casos de Covid-19. Conforme levantamento divulgado neste final de semana pelo virologista e pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Universidade Feevale, Fernando Spilki, os números apontam que as novas infecções seguem um ritmo de crescimento, com quase o dobro de novos casos confirmados na semana de 25 de novembro em comparação ao balanço realizado na semana anterior.

Uso de máscara em locais fechados volta a ser recomendado e em aeroportos se tornou obrigatório
Uso de máscara em locais fechados volta a ser recomendado e em aeroportos se tornou obrigatório Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

"Desde agosto não tínhamos tantos casos notificados na R07 (Vale do Sinos). Voltaram internações e há casos confirmados em UTI, mesmo quadro que se repete em todo o Brasil", afirmou o especialista. O número, no entanto, pode ser bem maior, segundo o especialista. "Nunca tivemos uma qualidade tão ruim de dados em termos de número de casos registrados. Testa-se e registra-se muito pouco. Além disso, com a possibilidade de autoteste, para evitar burocracias, vários acabam não registrando", aponta Spilki.


De acordo com dados, entre os dias 12 e 18 de novembro foram registrados 312 novos casos na região. Na semana seguinte (19 a 25), 648 pessoas receberam o diagnóstico positivo para Covid. Montante que representa um aumento de 107.69% em sete dias.

"Estamos observando esse processo desde o iníco da segunda quinzena de novembro, mas com um ritmo maior agora. Estamos vivenciando possivelmente uma nova onda, mas felizmente ainda não se compara ao que o Brasil já passou", diz o virologista, que é coordenador da Rede Corona-Ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), que monitora e sequencia o genoma do vírus circulante no País. "Também não é possível afirmar que a subvariante BQ 1 é a causadora da alta atual. É preciso fazer mais sequenciamentos genéticos dos vírus que circulam na população", diz o virologista.

Na avaliação de Spilki, um conjunto de fatores colaboraram para o cenário atual, como a presença de variantes com alta transmissibilidade, o relaxamento de medidas preventivas e a redução da imunidade contra a Covid-19 meses após a vacinação. Mas com a vacinação avançada, casos não têm mesma gravidade de ondas anteriores.

Spilki alerta para as aglomerações de final de ano. "É preciso tomar as doses de reforço e vacinar, principalmente, as crianças. Elas têm a menor proporção de cobertura vacinal da população", constata. Também recomenda o uso de máscaras em locais fechados e nas confraternizações.

Orientação

A Secretaria da Saúde de Novo Hamburgo confirma o aumento de casos, a maioria leves ou moderados. E reforça a importância da comunidade em relação à procura da vacina para a imunização.

Diante do avanço da BQ.1, a Secretaria Estadual da Saúde divulgou nota técnica pedindo à população que reforce os cuidados contra a Covid, como o uso de máscaras em locais fechados. De acordo com o Estado, a subvariante da ômicron já corresponde a 70% dos casos de Covid nas amostras sequenciadas.

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