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Notícias | Região CACHOEIRINHA

Mãe de suspeito de estupro é detida por racismo contra delegado durante prisão do filho

Homem de 24 anos teria cometido crime sexual contra uma adolescente de 13 anos; a mulher de 57 anos inconformada com a prisão do filho teria proferido uma frase racista

Por Ubiratan Júnior
Publicado em: 30.11.2022 às 16:41

Um homem de 24 anos foi preso por suspeita de estupro de uma adolescente no bairro Morada do Bosque, em Cachoeirinha. Durante o lavramento da prisão do jovem a mãe dele foi também foi detida. Segundo a Polícia Civil, a mulher de 57 teria proferido uma frase racista contra o delegado que realizava a ação, o titular da 2ª Delegacia de Polícia da cidade, Carlos Eduardo Silva de Assis. O caso aconteceu na tarde desta terça-feira (29).

Filho é preso por estupro de adolescente e mãe por racismo contra delegado em Cachoeirinha
Filho é preso por estupro de adolescente e mãe por racismo contra delegado em Cachoeirinha Foto: Google

De acordo com a investigação, o homem teria atraído a jovem de 13 anos que estava a caminho da escola para a casa dele no dia 11 de novembro. No local, ele abusou sexualmente dela. Depois do crime, a menina foi para casa e contou aos familiares o que aconteceu. "Ele confessou que teve relação com a adolescente", afirma o delegado. 

A mulher tentou defender o filho e dizer que ele era inocente. De acordo com Assis, ela chegou a dizer que "o homem é incapaz. Mas isso não tinha como ser provado naquele momento. Depende de laudos médicos e da solicitação da Justiça para os exames. Até expliquei isso para ela".

Inconformada com a prisão do filho, a mulher teria dito que "tinha que ser coisa de preto", referindo-se a cor da pele do delegado. Segundo Assis, quem escutou a expressão racista foi uma outra policial que participava da ação. Na ocasião, a agente pediu para que a mulher repetisse o que tinha dito. Ela falou novamente e, então, recebeu voz de prisão.

"É uma conduta lamentável. Fiquei estarrecido. Espantado. Primeiro, por estar em trabalho e, segundo, por ser uma autoridade. Mas se fosse com qualquer outra pessoa teria cumprido com a minha função e aplicado o que a lei determina", disse o delegado. Ele ainda lamentou que o fato tenha acontecido no mês da Consciência Negra.

Assis conta que a mulher pediu perdão após cometer a agressão contra ele. "Eu disse que perdoar até perdoo, mas a lei terá que ser aplicada e ela arcar com as consequências", afirma. O delegado ainda disse que agora o caso ficará sob responsabilidade da Justiça, mas que comparecerá para depor quando chamado.

A mulher e o filho não tinham antecedentes criminais, segundo a Polícia. Os dois foram levados para a delegacia para o registro da ocorrência e, após, encaminhados ao sistema prisional.

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