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Notícias | Região INVESTIGAÇÃO

Surgem mais cinco supostas vítimas de médico de Novo Hamburgo

Três foram nesta terça à delegacia para denunciar mortes e duas informaram lesões graves durante cirurgias do investigado, que afirma ser inocente

Por Silvio Milani
Publicado em: 13.12.2022 às 21:12 Última atualização: 13.12.2022 às 21:14

Segundo o titular da 1ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo, Tarcísio Kaltbach, mais cinco ocorrências foram registradas nesta terça-feira (13) contra o médico João Couto Neto, que já era investigado pela morte de cinco pacientes e lesões graves em outros nove. O cirurgião, intimado na segunda-feira (12) sobre a suspensão de cirurgias por 180 dias, por decisão judicial, afirma que é inocente.

Agentes também fizeram buscas no consultório do médico investigado
Agentes também fizeram buscas no consultório do médico investigado Foto: Reprodução

“Agora temos mais três ocorrências de homicídio culposo e duas de lesão grave”, observa o delegado. Além desses registros, segundo ele, outras oito pessoas entraram em contato com a 1ª DP e devem comparecer nos próximos dias para formalizar a queixa. Desde a publicação da reportagem no Jornal NH, na noite de segunda, apareceram vários comentários nas redes sociais de outras supostas vítimas. Por outro lado, há leitores que defendem e elogiam o médico, dizendo-se pacientes que passaram por cirurgias bem-sucedidas.

“A orientação é que vítimas nos procurem para formalizarmos a situação no inquérito”, observa Tarcísio. Na tarde de segunda, ele coordenou cumprimento de mandados de busca na casa do médico, no Centro de Novo Hamburgo, no consultório, que fica no Centro Clínico Regina, e no Hospital Regina. Celulares, computador e prontuários de pacientes foram apreendidos. Em nota, a instituição de saúde diz que está colaborando com as investigações. Nesta terça, comunicou a troca da direção técnica do hospital.

Silêncio no depoimento

Acusado de perfurar intestino, fígado e pâncreas, além de lesões em outros órgãos durante cirurgias majoritariamente de hérnia inguinal, Couto se manteve em silêncio no depoimento, nesta terça. "A morte e a doença infelizmente fazem parte da minha profissão. Pautei toda minha vida profissional com ética e respeito aos meus pacientes", declarou, na segunda, à reportagem.

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