Idoso que caiu em valão morre um mês após acidente em Novo Hamburgo
Edir Cerentini, 76, caiu no Arroio Luiz Rau, na Avenida Nações Unidas no mês passado e veio a falecer na última sexta-feira (16)
Um mês após cair no Arroio Luiz Rau, na Avenida Nação Unidas, em Novo Hamburgo, o idoso Edir Cerentini, 76, faleceu na sexta-feira (16). Ele estava internado no Hospital Universitário de Canoas desde o dia 6 deste mês, onde aguardava por um cirurgia na coluna.
De acordo com a filha Jerusa Pavanatto Cerentini, 45, o pai pegou uma bactéria nas escaras e apresentou problemas nos rins na semana passada, o que resultou em sua transferência para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no sábado passado, dia 10. O velório e a cremação ocorreram na sexta-feira, no Crematório e Cemitério Ecumênico Cristo Rei, em São Leopoldo.
"Ele era uma pessoa muito ativa e mesmo aposentado há muitos anos, não aparentava a idade que tinha. Sempre ajudava muito os outros", conta Jerusa.
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No dia 17 de novembro, Cerentini saiu de casa, em São Leopoldo, para realizar uma segunda cirurgia de catarata, visto que já havia operado um dos olhos. No entanto, no caminho para a clínica, teve um mal-estar e caiu nas águas do Arroio Luiz Rau. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros da cidade e encaminhado ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH), sendo liberado no mesmo dia.
Na sexta-feira, dia 18, porém, conforme relata a filha, o pai sentiu fortes dores na coluna e foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Centenário, em São Leopoldo, de onde saiu para ser transferido para Canoas.
Por meio de exames, a equipe de saúde da instituição de São Leopoldo descobriu que o idoso havia quebrado a coluna, possivelmente por conta da queda no valão. Jerusa, que já havia acusado o HMNH de negligência, diz que vai tomar as providências cabíveis na Justiça. "Disseram que ele não tinha nada. Se tivessem feito todos os exames, talvez ele ainda estivesse aqui", diz.
O que diz a instituição
Questionada anteriormente pela reportagem, a Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), responsável pelo HMNH, afirma que o paciente "foi avaliado pelos médicos que pediram raio-X no local onde o senhor dizia sentir dor" e que Cerentini não teria comentado sobre dores na coluna.
*Com informações de Kassiane Michel
