Granpal e governo do Estado iniciam estudos conjuntos para transporte metropolitano

Com o objetivo de encontrar uma solução para o transporte coletivo metropolitano, a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) assinou um termo de cooperação entre a associação e a Metroplan. O documento, que foi firmado durante o Almoço Metropolitano, realizado nesta quinta-feira (30) em Porto Alegre, vai avaliar licitações de cada cidade, os dados dos usuários e a possibilidade de integração municipal das linhas de ônibus.

O documento teve a assinatura do diretor-superintendente da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), Francisco Hörbe, juntamente com o secretário de mobilidade urbana de Porto Alegre, Adão de Castro Júnior, além dos prefeitos de Nova Santa Rita, Rodrigo Battistella (PT), e de Esteio, Leonardo Pascoal (PP).

A assinatura do termo marcou o último ato de Battistella como presidente da Granpal. Para ele, o estudo deve impreterivelmente apontar para o caminho da integração do transporte público entre as cidades da região metropolitana. “A única saída que temos é a integração, hoje temos várias empresas, cada município tem uma empresa diferente fazendo a operação, a sua maioria tem uma autorização precária de muitos anos com a qual vem atuando. O principal que vamos estudar no primeiro momento é que precisamos mudar a legislação estadual que trata do transporte coletivo. Se não mudarmos ela, não conseguiremos fazer os avanços necessários.”

Transporte público será prioridade da nova gestão

Pouco antes de iniciar o evento, os prefeitos da Granpal elegeram Pascoal como novo presidente da instituição, que afirmou estar atento ao tema do transporte público. “Será uma pauta prioritária da gestão, mas dentro de uma pauta maior, que é a governança metropolitana. Porque a gente vem de um processo de extinção da Metroplan, que exerceu o papel de autoridade metropolitana ao longo de algumas décadas, e hoje não cumpre mais com eficiência.”

Na avaliação de Pascoal, será necessário a configuração de uma nova instituição burocrática, capaz de exercer o papel antes feito pela Metroplan. “A gente precisa voltar a ter uma autoridade metropolitana que de fato possa corresponder às expectativas, entra a questão do transporte, mas de outras pautas também. Tenho convicção de que o governador Eduardo Leite tem essa sensibilidade em relação à necessidade de a gente aperfeiçoar esses mecanismos de diálogo e de governança na região, e vamos novamente estreitar essa relação com o governo do Estado.”