"Não vamos desistir", diz tia sobre buscas por advogada desaparecida há quase 9 meses
Alessandra Dellatorre sumiu em julho do ano passado quando saiu de casa, em São Leopoldo, para fazer uma caminhada
Quase nove meses já se passaram desde que a advogada leopoldense Alessandra Dellatorre, 29 anos, saiu de casa, no bairro Cristo Rei, para caminhar e nunca mais voltou. Apesar do tempo, a família segue com esperança de reencontrá-la com vida.
A mobilização da comunidade em torno do caso, e no auxílio nas buscas, pouco a pouco foi cessando. Mesmo assim, os canais de comunicação disponibilizados pelos familiares para o recebimento de novas pistas sobre o paradeiro de Alessandra seguem ativos.
“A todo momento chega alguma nova informação ou alguma mensagem de apoio e solidariedade”, conta a tia e madrinha da jovem, Érica Dellatorre.
Segundo Érica, as buscas pela sobrinha continuam. “A cada dia temos novas frentes. Não vamos parar. Serão nove meses agora no dia 16 de abril. Mas não vamos desistir de forma alguma. Seguimos firmes como família na busca”, afirma.
Desde o alerta do desaparecimento, na tarde do dia 16 de julho do ano passado, a procura por Alessandra tem sido feita pela Polícia Civil, familiares e equipes particulares contratadas pela família sem que nenhuma pista levasse, até agora, ao paradeiro dela.
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Conforme a titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) Mariana Lamar Pires Studart, que assumiu a investigação em fevereiro, as diligências seguem acontecendo a cada nova pista que surge na delegacia. “O caso continua sendo investigado com prioridade”, frisa.
Hipóteses
As hipóteses sobre o que teria motivado o sumiço de Alessandra são muitas. Desde o começo da apuração, a Polícia trabalha com evidências que apontam para um desaparecimento espontâneo, motivado por depressão.
Já o escritório de advocacia contratado pela família para auxiliar nas buscas trabalha com outras possibilidades; uma delas é de que tenha havido crime. Que Alessandra tenha sido arrebatada da mata onde entrou por alguém que a levou para outro lugar.
Pesquisas ma internet e pistas sobre o paradeiro
Tanto a Polícia, quanto as equipes particulares que tratam do caso se baseiam, entre outras pistas, em pesquisas feitas por Alessandra na Internet dias antes de desaparecer.
Conforme o advogado Matheus Trindade, cinco dias antes de sumir, Alessandra teria pesquisado sobre suicídio. No entanto, um dia antes do sumiço, a jovem procurou informações sobre benefícios para andarilhos e formas de cadastramento em plataformas de entregas.
Também o resultado de uma perícia feita em uma garrafa usada por Alessandra minutos antes de desaparecer foi anexado às investigações.
No laudo, peritas do Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontaram a presença de uma mistura de substâncias compatíveis com um medicamento indicado para tratar déficit de atenção, que seria utilizado frequentemente por Alessandra, e uma bebida energética à base de cafeína. Conforme as peritas, não foi constatada a presença de venenos na bebida usada por Alessandra.