As histórias de quem escolheu a Serra para trabalhar

O Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio, surgiu ainda no século 19 como um dia de luta por melhores condições de trabalho. Com o passar dos anos, no Brasil, a data também é marcada como uma homenagem a todos os trabalhadores.

Em Gramado e Canela, muitos deles deixaram suas cidades natais para aqui morar e trabalhar. Somente em Gramado, são mais de 20 mil postos de emprego formais, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2022, e nem todas as vagas conseguem ser preenchidas apenas com a mão de obra local.

O ator e diretor artístico Felipe Araújo, de 31 anos, veio do interior do Ceará para cá em 2015 já com o emprego garantido no Parque Terra Mágica Florybal. Ele atuava na cidade de Guaraciaba do Norte dando aulas de teatro. Soube de uma vaga para ator no parque temático, passou no processo seletivo e trocou a Serra cearense pela Serra gaúcha.

Desafios

Além do frio, algumas dificuldades da mudança foram a saudade da família, se adaptar com a comida, assim como com o jeito de falar, já que como ator precisa cuidar com o sotaque. "Minha mãe não aceita bem até hoje, mas agora ela já entende o porquê fiz isso", conta, e acrescenta que volta para lá duas vezes por ano.

Felipe, que mora na Linha Ávila, em Gramado, também encontrou uma família aqui. Casado com Pablo Tomazi, foi bem acolhido pelos familiares do companheiro, com quem está há 5 anos.

Começou como ator no Terra Mágica e agora, é diretor artístico do parque. Ele comanda uma equipe de 24 artistas. Também atua em outros lugares, e se sentiu realizado ao participar do Natal Luz.

"Hoje, vindo de uma família simples, de uma comunidade, de uma cidade também de interior, eu vejo o quão longe consegui chegar. Apesar das dificuldades que enfrentei no início, inclusive financeiras, eu sou feliz aqui e faria tudo de novo."