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Notícias | Região PRÓXIMOS PASSOS

FUTURO POLÍTICO: "Não descarto a possibilidade", diz Gilberto Cezar sobre disputar eleições 2024

Ex vice-prefeito de Canela renunciou ao cargo no final da tarde de segunda-feira (29) e participou do programa NH10 da Rádio ABC 103.3 FM

Publicado em: 30.05.2023 às 14:14 Última atualização: 30.05.2023 às 14:15

O ex vice-prefeito de Canela Gilberto Cezar (PSDB) participou do programa NH10 da Rádio ABC 103.3 FM, do Grupo Sinos, junto ao jornalista Cláudio Brito nesta terça-feira (30). Na ocasião, aproveitou a oportunidade para falar sobre o pedido de renúncia ao cargo anunciada no final da tarde de segunda-feira (29) e também sobre o seu futuro na política.

Gilberto Cezar
Gilberto Cezar Foto: Divulgação

"Temos discordado muito em várias aspectos. e para poder fazer um trabalho que a comunidade espera, precisa de apoio e no mínimo respeito", disse no início de sua fala o político. 

Conforme Gilberto, as discordâncias se tornaram mais evidentes desde o ano passado, principalmente, com a entrada de projetos de lei no Legislativo canelense, como o da Reforma Administrativa e o que concedia o Centro de Feiras para a construção do centro de congressos, no Parque do Palácio.

"O prefeito começou a ter equívocos muito graves em relação à própria sociedade, teve audiências públicas na Câmara de Vereadores, a sociedade se manifestou contrária à questão do governo. No ano passado a prefeitura protocolou um projeto para criar 85 CCs (cargos em comissão), ia gerar uma despesa de mais de R$ 26 milhões em dois anos, no fim do mandato. Aí me posicionei contra, porque a população também era contra. Canela hoje tem mais CCs que Caxias do Sul."

O ex-representante municipal ainda reiterou não ser contrário aos cargos. "Mas o excesso acaba prejudicando o poder público e transformando em ineficiência, em uso da máquina pública para fins políticos. A Câmara aprovou 85 além dos 150 CCs que já têm. O Tribunal de Justiça que derrubou a nomeação dos cargos, alegando serem institucionais", complementa.

Além dos projetos e contrariedades em decisões, outros assuntos também o levaram ao pedido de saída, como a interrupção, cancelamento ou diminuição dos eventos realizados pela administração municipal.

"Em dezembro teve a operação da polícia que interrompeu o Sonho de Natal. Então foram várias questões que surgiram que levaram a me afastar do governo. Nesse sentido pedi o meu desligamento e encaminhei para a Câmara", justifica. 

Próximos passos

Agora, Gilberto Cezar, mesmo afastado de um cargo no Executivo municipal, quer trabalhar em ações para levar melhorias ao município. Em resposta ao Jornal de Gramado, o político não deu detalhes. "Vamos trabalhar para ter uma cidade melhor. O futuro depende das nossas ações no presente", disse.

Já sobre disputar as eleições municipais de 2024, ele considera "muito cedo para falar disso". Entretanto, o assunto também foi pauta no NH10. 

"Depois de algumas ações e posicionamentos, muitas pessoas têm falado isso na cidade. Ainda não tenho uma decisão formada sobre isso, mas não descarto a possibilidade. Isso depende de um trabalho de grupo, no meu ponto de vista", pontua o ex-vice.

Para ele, o município da Região das Hortênsias precisa voltar a ouvir as demandas da comunidade. "Canela tem um potencial muito grande, é uma cidade muito boa e naturalmente vai crescer nos próximos anos, mas precisa de uma gestão focada em resultado e que traga o resgate à população do respeito e da confiança, o orgulho da cidade. Porque quando a gente só vê a cidade em capa de jornal por escândalos, a cidade perde a autoestima, o cidadão fica constrangido", finaliza. 

Como fica o cargo?

 O cargo de vice-prefeito não pode ser substituído, conforme prevê legislação federal. Agora, caso o prefeito Constantino Orsolin precise transferir o seu cargo de forma momentânea, por férias, motivos de saúde ou particulares, ou ainda, durante viagens, quem assumirá a prefeitura será o presidente da Câmara, o vereador Jefferson de Oliveira (MDB). 

Pela lei, o chefe do Executivo municipal somente é obrigado a passar o cargo se ficar afastado num período acima de 15 dias. 

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