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Notícias | Região SANIDADE ANIMAL

Entenda os riscos da gripe aviária para o ser humano e para a economia

Doença tem afetado aves silvestres no Brasil e em países vizinhos

Publicado em: 02.06.2023 às 11:05 Última atualização: 02.06.2023 às 11:07

Desde o dia 15 de maio, quando foi confirmado o primeiro caso do vírus H5N1 em aves silvestres no Brasil, o termo gripe aviária voltou ao noticiário brasileiro. De lá para cá, ao menos 13 aves que vivem na natureza contraíram a doença viral, incluindo um caso no Rio Grande do Sul. Foi no último dia 29 de maio, na Estação Ecológica do Taim, onde um cisne-de-espoço-negro contraiu a infecção.

Altamente contagiosa entre animais, a gripe aviária afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas. No entanto, outras espécies, como mamíferos aquáticos, podem ser infectadas. O ser humano também pode contrair a doença, que tem alta letalidade.

Principal perigo neste momento é que doença chegue às granjas e afete produção
Principal perigo neste momento é que doença chegue às granjas e afete produção Foto: Arquivo/GES

Autoridades de saúde pelo mundo apontam que o vírus atual não é transmitido de pessoa para pessoa. Entretanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que as ações de prevenção são importantes porque a circulação contínua da doença tem o potencial de gerar mutações.
A orientação de autoridades sanitárias é que a população não recolha ou toque em aves doentes, devendo acionar o serviço veterinário local se encontrar ou avistar aves nestas condições.

*Com informações das agências Brasil e Estado

Risco maior no momento é que doença afete produção de carne e ovos

O risco de momento é que um surto da doença chegue nas granjas e na criação de aves para a alimentação. Isso porque a gripe aviária se espalha rapidamente entre os animais. Caso a doença chegue aos animais usados para consumo humano, eles precisarão ser sacrificados, o que diminuiria a oferta de carne de frango e ovos.

Em função deste risco e do registro de casos em aves silvestres no Brasil e em países vizinhos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) declarou, no dia 23 de maio, estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional, válido por seis meses. A medida teve como objetivo evitar que a doença afete a produção de aves de subsistência e comercial, além de preservar a fauna e a saúde humana.

A declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais nas três instâncias e não governamentais.

Problema global

Assim como o vírus da gripe transmitido entre seres humanos, a influenza aviária tem diferentes cepas. No começo do ano, a H3N8 era a que exigia atenção mundo afora, por ter sido registrada transmissão entre espécies, incluindo cães e cavalos. Poucas pessoas chegaram a ser contaminadas e uma mulher chinesa morreu com o vírus.

Em função do cenário naquela época, o Mapa publicou portaria no fim de março que suspendeu, em todo o território nacional, a realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. A medida, de caráter preventivo, tinha validade inicial de 90 dias.

A suspensão de feiras, o estado de emergência zoossanitária e os casos da gripe em aves silvestres não alteraram o status sanitário do Brasil. O País segue considerado território livre de infecção pelo vírus da influenza aviária, pois até o momento edição não existe diagnósticos nas granjas.

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