LITORAL NORTE: Mãe é condenada pela Justiça por matar bebê recém-nascido e jogar corpo na lixeira
Crime aconteceu em junho de 2017, quando um reciclador encontrou o cadáver da criança; Sentença saiu na madrugada desta sexta-feira (2)
Mulher acusada de matar seu bebê recém-nascido e deixar o cadáver dentro de uma sacola em uma lixeira em Tramandaí, no litoral norte, foi ao Tribunal do Júri nesta quinta-feira (1º) na Fórum da cidade. O julgamento teve inicío pela manhã, mas sentença foi decretada na madrugada desta sexta-feira (2).
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O caso aconteceu em junho 2017, quando um reciclador encontrou o corpo da criança na Avenida Rubem Berta. Em dezembro daquele ano, a Justiça decretou a prisão preventiva da mulher. Porém, ela não foi localizada. Durante o tempo em que esteve foragida, a defesa dela conseguiu reverter a decisão e a acusada passou a responder em liberdade.
O crime foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). A acusação em plenário foi realizada pelos promotores de Justiça André Luiz Tarouco Pinto e Karine Camargo Teixeira.
Relembre o caso
Conforme denúncia do MPRS, a acusada escondeu a gravidez do companheiro e de familiares comcintas abdominais, shorts com extensão abdominal e protetores de seios. Em 11 de junho de 2017, por volta das 23 horas, ao entrar em trabalho de parto, ela foi ao banheiro do andar de baixo de sua residência, na Zona Nova de Tramandaí, e deu à luz a uma criança do sexo masculino.
Para matar o recém-nascido, ela teria colocado uma bucha de papel na boca da vitima e o asfixiado. Posteriormente, colocou o bebê e a placenta em uma sacola plástica e deixou no armário do banheiro.
Para abafar os barulhos e eventual choro do bebê, ainda segundo a denúncia, a ré ligou o secador de cabelos e o chuveiro. Depois, limpou todo o banheiro.
Para Tarouco, a intenção da ré era não estabelecer qualquer vínculo afetivo com o filho. “Ela praticou o crime contra um recém-nascido, incapaz de esboçar qualquer tipo de defesa contra a agressão perpetrada. Ainda dificultou qualquer possibilidade de alguém perceber o crime ao acionar chuveiro e ligar secador de cabelos, propagando barulhos que impediram que as pessoas presentes tomassem ciência dos fatos e agissem em defesa do recém-nascido”, disse o promotor.
No dia seguinte, por volta das 13h30, ela ocultou o cadáver do filho. A acusada colocou-o em umasacola com a placenta em uma lixeira na Avenida Rubem Berta. Depois, um reciclador encontrou o corpo do recém-nascido e acionou a Brigada Militar.
Caso semelhante em abril deste ano
O corpo de um recém-nascido foi encontrado em uma cooperativa de de reciclagem na zona rural de Tramandaí na tarde do dia 18 de abril. O trabalhador do local, que localizou o cadáver, achou, inicialmente, que se tratava de uma boneca.
Exames do Instituto-Geral de Perícias (IGP) devem identificar os genitores da criança.