Sombrinhas que iam para o lixo viram fonte de renda em oficina em São Leopoldo
Aulas gratuitas ocorrem todas as segundas-feiras, no salão da Paróquia Santa Catarina de Alexandria, no bairro Rio Branco
Sombrinhas e guarda-chuvas usados, que normalmente teriam o lixo como destino, são transformados em geração de renda para um grupo de mulheres em São Leopoldo. Por meio de uma oficina de costura, o tecido das sombrinhas acaba dando vida a bolsas, sacolas e malas há um ano no salão da Paróquia Santa Catarina de Alexandria, no bairro Rio Branco. Uma vez por semana, mulheres da comunidade têm encontro marcado com a coordenadora do projeto, a pedagoga aposentada Marilene Loss Bobsin.
Segundo Marilene, as aulas gratuitas ocorrem sempre às segundas-feiras, a partir das 14 horas, e têm cerca de três horas de duração. "Além de ser uma fonte de geração de renda para as mulheres, com um produto diferente, leve e durável, a confecção das bolsas ainda ajuda na reciclagem e na diminuição da circulação de plástico", comenta. Segundo ela, o projeto conta com o apoio da Faculdades EST e do Círculo Operário Leopoldense (COL).
E foi justamente a importância ambiental da ação que fez com que a instituição de ensino tornasse uma visita à oficina parte integrante da programação da sua Semana do Meio Ambiente e da Qualidade de Vida. Ontem, um grupo de alunos da EST conheceu o projeto e teve a oportunidade de iniciar na costura.
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Dentre as participantes, esteve a aluna do curso de bacharelado em Teologia, Ana Luiza Knaak Geppert, 22. Apesar de ter noções básicas de costura, a jovem acabou se interessando pela iniciativa. "Me chamou muito a atenção essa dinamicidade do projeto, de reutilizar materiais na criação de peças completamente novas", conta. A Semana do Meio Ambiente da EST teve início no último dia 1º de junho e segue até hoje, quando ocorre, a partir das 10h30, um culto comunitário no Prédio 5 da Faculdades.
Afeto e histórias que unem
Moradora do Centro, a funcionária pública Tânia Rambo, 51, conheceu o grupo no ano passado e hoje, mesmo não participando regularmente dos encontros, segue fazendo visitas. “É um grupo muito querido, que me preencheu e que me fez muito bem. A gente acaba se envolvendo muito. E conhecemos pessoas que antes sequer sabiam costurar e que se superaram nas aulas”, conta.
Segundo Tânia, do aprendizado conquistado nas oficinas, ela já produziu peças para uso próprio e para presentear familiares. O grupo está aberto a novas integrantes e também a doações.
Dentre as necessidades estão tecidos de sombrinhas e guarda-chuvas, máquinas de costura e um voluntário para criar e administrar as redes sociais do projeto, por onde pretendem potencializar as vendas. Interessados podem entrar em contato com Marilene pelo WhatsApp (51) 98219-1252.