Bebê de oito meses levado ao hospital com fraturas tem irmãos; saiba qual é a situação das crianças
Mãe está grávida do quarto filho; mulher foi presa e recebeu liberdade provisória. Polícia Civil de Sapiranga investiga o caso
O bebê de oito meses que foi levado ao Hospital Sapiranga com fraturas pelo corpo tem dois irmãos, uma menina de seis anos e um menino de dois anos. A mãe, de 23 anos, está a espera do quatro filho, no quinto mês de gestação. Após ter sido presa com o companheiro, de 26, ela recebeu liberdade provisória. Porém, a Justiça determinou uma medida protetiva que impede a mulher de se aproximar dos filhos.
Com a decisão judicial de afastar as crianças da genitora, os dois mais velhos, que estavam na casa da avó materna, em Sapiranga, foram levados na segunda-feira (5) para o Centro de Atendimento São Francisco (CASF). O irmão já estava no abrigo desde a última sexta-feira (2). O local acolhe crianças e adolescentes de zero a 17 anos.
Médico identificou fraturas
Na última sexta-feira (2), o bebê foi levado pela mãe e pelo padrastro para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e posteriormente transferido para o hospital. Devido as fraturas, agentes do Conselho Tutelar e da Brigada Militar (BM) foram chamados ao local.
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Segundo o delegado Clóvis Nei da Silva, titular da Delegacia de Sapiranga, o homem tem antecedentes por uma tentativa de feminicídio contra uma ex-companheira, mas ficou em silêncio quando questionado sobre o crime contra o enteado.
Casal estava junto há um mês e meio
O conselheiro tutelar Vanderlei Rodrigo de Araújo afirma que a mulher havia conhecido o namorado pela internet e que se mudou para Cambará do Sul há cerca de um mês e meio. Quando foi morar com ele, levou os filhos. Na madrugada de sexta-feira eles vieram para o Vale do Sinos.
Irmã já havia sido recolhida quando era bebê
Em 2017, quando a menina de seis anos tinha apenas alguns meses de vida, ela estava sob os cuidados da avó materna. O Conselho Tutelar recolheu a criança ao constatar que a casa não era adequada.
"Na época, ela [avó] morava em uma área invadida, em situação de vulnerabilidade e pobreza extrema. Usavam banheiro comunitário e, à noite, faziam as necessidades em balde e deixavam naquele mesmo ambiente", conta o conselheiro tutelar, que diz que a situação atual da residência ainda é parecida.
Crianças podem ser encaminhadas à adoção
O Conselho Tutelar avalia se há a possibilidade de os meninos ficarem com o pai, que mora no Vale do Paranhana. "A gente vai pedir hoje [quarta-feira] em um novo relatório que seja feito um estudo social na residência dele", relata Araújo.
Segundo o conselheiro tutelar, o homem não via os filhos desde que eles foram levados para Cambará do Sul. Ele teria procurado a avó materna, que teria se recusado a dar informações sobre os meninos.
Já a menina, não tem o registro do pai na Certidão de Nascimento. O Conselho Tutelar tenta identificar a paternidade de um homem que diz ser o pai biológico.
Caso não possam ser acolhidas por algum parente, as três crianças podem ser encaminhadas à adoção.
Denúncias
Casos de violência e de negligência com crianças podem ser denunciados pelo Dique 100 ou o 190, da Brigada Militar, os serviços são gratuitos e garantem o anonimato de quem liga.
Em Sapiranga, o Conselho Tutelar atende em regime de plantão pelo telefone (51) 99707-5087. "Sempre algum conselheiro vai atender, em qualquer hora do dia", afirma Araújo.