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Notícias | Região RELIGIOSIDADE

Tradição e fé marcam feriado de Corpus Christi nas paróquias da região

Confecção dos tapetes mobilizou católicos de diferentes gerações em diversos municípios

Os tapetes de Corpus Christi coloriram ruas de cidades da região na quinta-feira (8), mantendo a tradição da data religiosa. Para os católicos, a celebração é uma homenagem à Eucaristia, sacramento do catolicismo que ocorre 60 dias após a Páscoa, sempre em uma quinta-feira.

Em Novo Hamburgo, entre as igrejas onde a tradição dos tapetes foi mantida esteve a Catedral Basílica São Luiz Gonzaga. A Rua Joaquim Nabuco, no Centro, amanheceu com mensagens de fé, amor e esperança. Quase 60 metros de tapetes foram preparados com serragem, pedras coloridas, pó de café, areia, flores, erva-mate e tampinhas de garrafa PET. A catedral sediou ainda a Santa Missa e a celebração terminou com procissão ao redor da igreja.

Confecção dos tapetes reuniu diferentes gerações na Catedral São Luiz Gonzaga
Confecção dos tapetes reuniu diferentes gerações na Catedral São Luiz Gonzaga Foto: Divulgação/Catedral São Luiz Gonzaga

A missa levou centenas de pessoas à catedral e foi celebrada pelo bispo da Diocese de Novo Hamburgo, Dom João Francisco Salm e pelo pároco da catedral, padre Marco Antônio Leal.

A tradição dos tapetes e missas foi mantida em outras paróquias e cidades da região, como São Leopoldo, Ivoti e até dentro da programação do Igrejinha Mix, multifeira que ocorre na cidade do Vale do Paranhana.

Felicidade foi a palavra utilizada por um grupo de meninas do movimento Curso de Liderança Juvenil (CLJ) para definir a retomada da celebração na catedral. "É muito bom retornar. É colocar para fora aquilo que a gente crê, externalizar a nossa fé e mostrar para o mundo que a Igreja é viva", relata a técnica em química, Alessandra Molling, 22.

Regina Fiorin Marinato veio do Espírito Santo para visitar a neta. "Ela começou essa semana a catequese e foi uma ansiedade enorme por esse momento. Por coincidência, eu vim passar esse momento lindo com ela."

Rua em frente à catedral foi tomada pelos tapetes
Rua em frente à catedral foi tomada pelos tapetes Foto: Júlia Taube/GES Especial

Extensão dos tapetes cresceu na Nossa Senhora da Piedade


Tradição também foi mantida na igreja de Hamburgo Velho
Tradição também foi mantida na igreja de Hamburgo Velho Foto: Laura Rolim/GES-Especial

Em frente à Igreja Nossa Senhora da Piedade, no bairro Hamburgo Velho, também em Novo Hamburgo, foram confeccionados centenas de tapetes, feitos com serragem, pó de café, sal colorido e diversos outros materiais.

A novidade deste ano, como conta uma das responsáveis pela organização, Juliana Maria Giongo, foi a extensão dos tapetes, que avançaram em mais de uma rua do entorno da Igreja. "É um dia de muita alegria para toda a comunidade. Os movimentos jovens e pastorais participaram e usaram os talentos artísticos. As pessoas passavam por aqui e se admiravam, pois lembravam da infância", conta.

Leonir Francisco Warkin chegou às 6 horas para começar os preparativos. "Eu participo há 20 anos. É muito gratificante ver todo mundo ajudando e todos com muita vontade", afirma. Depois de horas confeccionando os tapetes, os fiéis se reuniram para a celebração eucarística à tarde, seguida de procissão com o Santíssimo Sacramento.

Local inusitado

Em Igrejinha, no Vale do Paranhana, os tapetes foram montados no Parque de Eventos Almiro Grings, que recebe a 7a Igrejinha Mix. Missa e procissão foram realizadas no local pela manhã.

Em Igrejinha, tradição ocorreu em meio ao Igrejinha Mix
Em Igrejinha, tradição ocorreu em meio ao Igrejinha Mix Foto: Carla Fogaça/GES-ESPECIAL


Manifestação de fé em São Leopoldo

Em São Leopoldo, assim como nos últimos três anos, não houve a tradicional procissão pela Rua Primeiro de Março. Em vez disso, cada igreja organizou suas atividades apenas com a sua comunidade. Na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no bairro Scharlau, pela primeira vez houve a montagem dos tapetes de serragem na Rua Cairú, ao lado da igreja.

Tradição de Corpus Christi é passada desde cedo
Tradição de Corpus Christi é passada desde cedo Foto: Renata Strapazzon/GES-Especial

Os fiéis, de diferentes pastorais, se concentraram no local às 9 horas para a produção de 22 tapetes, cada um deles com dois metros de comprimento por 1,2 metro de largura. A escolha do desenho ficou a cargo de cada grupo.

A pastoral dos coroinhas, martinhas e acólitos produziu uma peça que retratou as vestes dos ajudantes de missas. “Escolhemos algo que tivesse relação com a função deles e que os representassem bem. Optamos pelo desenho da veste vermelha e do círio pascal”, comenta a coordenadora da pastoral, Tatiane Pedroso de Morais, 42. Segundo ela, a paróquia conta atualmente como 16 coroinhas e 10 martinhas.

Catequista na Capela Santa Helena, Maria Elena Hartmann, 69, levou dois de seus alunos para ajudar na montagem do tapete. “É um momento lindo, de participação da comunidade num movimento de demonstração de fé”, opina.

A assistente de controladoria Franciele Martins da Silva, 30, ajudou o filho, o catequizando Augusto, 11, na tarefa. “Esta é a primeira vez que trabalhamos na montagem dos tapetes de serragem”, afirma.

Tapetes foram Igreja adentro em Ivoti

Em Ivoti, na Igreja Matriz, a celebração foi compartilhada com moradores de outros estados. Fiéis fotografaram e filmaram os 150 metros de tapetes coloridos, feitos especialmente com serragem tingida, areia, pó de café, flores, erva-mate, cascas de ovos, cal, em frente e no interior do templo, onde ocorreu a missa que demonstrou a importância da Eucaristia.

Tempo repleto de cristãos para celebrar Corpus Christi em Ivoti
Tempo repleto de cristãos para celebrar Corpus Christi em Ivoti Foto: Susi Mello/GES-Especial

“No dia de hoje participamos da Santa Missa e logo mais da procissão. Façamos com fé, com amor, com devoção, com dignidade, o espírito da oração. Sejamos cuidadosos com o corpo de Cristo”, falou em sua mensagem o padre Jacó Wuaden, recomendando o cuidado com o próximo.

A auxiliar administrativo Cintia Deimling, 50, filmou os tapetes e a missa. As imagens, explicou, foram compartilhadas pelo WhatsApp no grupo de familiares que vivem em diferentes municípios do Estado, além de Santa Catarina e Bahia. “Acompanho minha filha Manu (Manuela), de 10 anos, que está na catequese. É um momento importante na vida cristã. Sem fé não vamos a lugar algum.”

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