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Nossa história em Roland Garros

Publicado em: 09.06.2023 às 03:00

Estava assistindo o jogo de Bia Haddad Maia, em Roland Garros, e pensando: que vontade de aprender a jogar tênis! Em meio aos pontos que vibrávamos com ela, e aos que lamentávamos da adversária número 1 do mundo, uma certeza: coisa boa vê-las numa disputa tão grandiosa!

Uma vez que alguém desperta nossas emoções, é natural que a gente queira viver mais e mais aquele sentimento de vitória. Em um País onde cada modalidade esportiva, além do futebol, demora tempos para nos apresentar pessoas que batalham muito por reconhecimento, Bia nos fez perceber mais uma fonte de vibração através do esporte.

Rebeca na ginástica. Marta no futebol. Rayssa Leal no skate. Ana Marcela na maratona aquática. Mayra Aguiar no judô… Cada vez que uma delas nos causa brilho no olho com os feitos, outras tantas em casa despertam para a possibilidade de buscar a sua chance de vitória também.

Quantas crianças se libertaram nas praças depois da fadinha encantar o mundo na Olimpíada. Quantas saltitaram em busca de uma escola de ginástica para piruetas profissionais, quantas se esforçaram para trocar de faixa nos tatames, quantas impulsionaram a braçada nas águas, ou perderam a vergonha de chutar uma bola depois delas?!

Fazer história não é só garantir um lugar no ranking ou voltar a vencer depois de tantos anos, como Bia nos honrou. Marcar o nome como alguém que despertou em novas gerações a certeza de que se pode vibrar de novo e com exemplos vitoriosos, impulsiona a turma do tênis a encher os olhos de orgulho de mais uma referência, ao mesmo tempo que dá holofotes à modalidade fortalecendo novas sonhadoras a acreditarem em si mesmas, abraçadas pelo público.

E quando um esporte cresce, crescem todos os outros. Cresce a paixão do público. Cresce a aposta dos patrocinadores. Cresce o interesse das novas gerações. Cresce quem aprende. Cresce quem perde para buscar ser melhor. Cresce quem vence porque foi desafiado por quem também cresceu.

Bia Haddad renovou a caminhada de todos nós, além da dela.


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