EFEITO DO CICLONE: Rio dos Sinos registra a maior cheia em 10 anos

A chuvarada que atingiu o Rio Grande do Sul em decorrência de um ciclone extratropical no fim da semana passada fez com que o Rio dos Sinos atingisse o maior nível de água em 10 anos. Com isso, o Vale do Sinos registra a maior cheia da década, superando os números de 2015 e 2016 do Super El Niño. A enchente atual, conforme as leituras das réguas de medição do vale e estatística histórica, é a maior desde a de agosto de 2013 que foi de grandes proporções.

Dados da Defesa Civil e da Comusa, empresa de saneamento de Novo Hamburgo, indicam o nível do Rio dos Sinos estabilizou nesta segunda-feira (19), embora tivesse pequenas oscilações durante o dia em Campo Bom, Novo Hamburgo e São Leopoldo.

Com 8,03 metros, é o maior nível desde a enchente histórica de 2013, quando chegou a 8,22 metros.

No entanto, em nova medição no começo da noite desta segunda-feira, o nível da água em Novo Hamburgo estava com 8,02 metros na régua da Comusa, um centímetro a menos que na leitura das 17 horas que estava estável desde 9 horas.

Em Campo Bom, o nível do Rio dos Sinos começou a baixar nesta segunda, marcando 7,56 metros às 15 horas. Às 17 horas do domingo (18), a medição chegou ao máximo de 7,60 metros. Sinalização que as águas começam a baixar, embora o nível siga altíssimo, nesta terça entre São Leopoldo e Novo Hamburgo.

A tendência entre esta terça e a quarta é de o Rio dos Sinos baixar em Campo Bom, São Leopoldo e Novo Hamburgo, mas deve seguir subindo na parte mais ao Sul da bacia entre Esteio e Canoas, antes de desaguar no Guaíba, em Porto Alegre.

Conforme a Metsul Meteorologia, a chuva prevista para quarta-feira (21) não deve causar novos transtornos. Como os volumes de chuva não tendem a ser altos, a tendência é que os rios sigam baixando nos próximos dias, embora permaneçam com os seus níveis altos. Os especialistas destacam que a população não deve se preocupar com repique de cheias.