Nível do Rio dos Sinos segue baixando cerca de 2 centímetros por hora em São Leopoldo

O nível do Rio dos Sinos começou a baixar na tarde de terça-feira (20), em São Leopoldo. Medição feita pela Defesa Civil na régua do Serviços Geológico Brasileiro instalada na Rua da Praia na manhã desta quarta (21) marcou 5,73 metros.

De acordo com o órgão municipal, o nível do rio segue recuando cerca de dois centímetros por hora na cidade.  Na noite de segunda-feira (19), o rio atingiu o pico, após a passagem do ciclone extratropical, com 6,18 metros. Essa medição é referência para o Plano de Contingência elevado segue o protocolo de alarme. 

Na tarde da terça (20), o prefeito Ary Vanazzi e o diretor-geral do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), Geison Freitas, estiveram na casa de bombas do bairro Campina. A ideia foi mostrar como funciona os equipamentos que junto com os diques compões o Sistema Municipal de Proteção Contra as Cheias do Rio dos Sinos.

“A casa de bombas faz com que a água dos arroios sejam lançadas para dentro do rio facilitando o escoamento. Todos os nossos equipamentos estão em pleno funcionamento, porém o volume de chuva foi tão grande impossível a estrutura suportar”, lamentou.

O prefeito também adiantou que nesta quarta estará em Brasília para tratar da busca de recursos para as famílias das regiões atingidas pelas chuvas e para os projetos de reestruturação da cidade. Vanazzi reforçou a questão de ter ocorrido uma das maiores, senão a maior, tragédia climática da história de São Leopoldo.

“Se não fossem nossas medidas rápidas de remoção de pessoas e nosso cuidado permanente com as casas de bombas, algo muito pior poderia ter ocorrido”, frisou.

O diretor de Controle de Cheias, Antônio Geske, destacou o trabalho realizado em fevereiro de 2022, onde foi feito um diagnóstico detalhado de todo o sistema e a revitalização do canal do dique do Rio dos Sinos, entre a ponte Henrique Roessler e o final da rua da Praia. “Ocorreu a retirada da vegetação na margem do rio, que dificultaria a passagem de água, pois verificamos que se o canal estivesse obstruído poderia ocorrer o transbordamento através do talude do rio”, enfatizou.

Já o diretor-geral do Semae, Geison Freitas, salientou a manutenção preventiva e corretiva que ocorre nos equipamentos. “As casas de bombas receberam diversas melhorias, como a limpeza e manutenção dos motores. Isso é um trabalho constante para melhorar as condições de operação”, destacou.

Famílias deixaram o Ginásio Municipal 

Com a baixa da água as famílias que estavam alojadas no Ginásio Municipal Celso Morbach conseguiram voltar para suas casas. O local recebeu 350 pessoas. No retorno elas receberam doações de alimentos, roupas, colchões, itens de higiene e limpeza e foram transportadas em caminhões do 19° Batalhão de Infantaria Motorizada (Bimtz) do Exército Brasileiro.

Porém ainda há pessoas desalojadas, sendo 20 na Associação Meninos e Meninas de Progresso (Ammep); 155 na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Chico Xavier; 12 no Centro de Espiritualidade Padre Arthur (Cepa) e 20 no CTG do loteamento São Geraldo.

Doações

Ainda há necessidade de doações especialmente para roupas íntimas, infantis, adulto masculino e feminino; cestas básicas, produtos de limpeza (detergente, água sanitária, sabão em pó), além de cobertas, colchões. A Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) se encarrega da distribuição descentralizada através dos cinco Centros de Referência de Assistência Social (Cras).

Endereços dos Cras

• Cras Centro - Avenida João Correa, 1.350, 2º andar, Centro;
  
• Cras Leste - Rua Arthur Georg, 90, Feitoria;
  
• Cras Norte - Avenida Henrique Bier, 2043, Campina;
  
• Cras Nordeste - Avenida Mauá, 2141, Santos Dumont;
  
• Cras Oeste - Rua Vicentina Maria Fidélis, 350, Vicentina (Parque do Trabalhador).