São Leopoldo estima R$ 198 milhões em prejuízos com a enxurrada
Prefeitura apresentou primeiro diagnóstico sobre impacto do ciclone
A Prefeitura de São Leopoldo estima que os prejuízos causados pela passagem do ciclone extratropical pela cidade cheguem a R$ 198 milhões. O montante seria relativo a estragos em unidades habitacionais, instalações públicas de ensino, de uso comunitário, obras de infraestrutura urbana, assistência médica, abastecimento de água, esgoto, sistema de iluminação, móveis e eletrodomésticos, entre outros.
O dado foi um dos divulgados pelo diagnóstico preliminar sobre os impactos causados pelo ciclone, apresentado pelo Executivo municipal na tarde de sexta-feira (23), na sala de reuniões do 7º andar, no Centro Administrativo. A síntese do levantamento trouxe dados das ações para atender a população desabrigada com brevidade e quais serão os recursos solicitados aos governos federal e estadual pelo Município.
Impacto
"O prejuízo que nós contabilizamos é de, aproximadamente, R$ 198 milhões, entre bens públicos, particulares, materiais, enfim. É um valor significativo do ponto de vista do impacto econômico que isso traz para um município como o nosso, num episódio climático que tivemos como esse", ressaltou o prefeito Ary Vanazzi, durante a apresentação.
Doações
Conforme o levantamento, mais de 57 toneladas de alimentos e produtos de higiene e limpeza foram distribuídos nos Centros de Referência e Assistência Social (Cras), mais de 9 toneladas para as famílias que estavam no ginásio e 30 mil refeições nos últimos dias. "A solidariedade, que foi imensa, nos ajudou a enfrentar e a melhorar as condições mínimas da nossa população", disse o prefeito, agradecendo as milhares de doações recebidas via sociedade.
Auxílio emergencial e FGTS
Sobre a captação de recursos para reestruturação da cidade, Vanazzi destacou que solicitará auxílio para as famílias que tiveram perdas, com foco primeiramente na proteção das pessoas. Conforme o prefeito, será feita a solicitação de auxílio emergencial para as 9,8 mil famílias atingidas, e a liberação imediata do FGTS junto ao governo federal, para aqueles moradores que não perderam tudo, mas tiveram algum prejuízo em casa.
“Além disso, tem um pedido nosso em Brasília que é a liberação de todas as emendas que foram aprovadas para obras licitadas na cidade, para que a gente recomece fazendo investimentos com dinheiro que já temos contratado, com recursos que já temos licitado, como emendas parlamentares”, disse Vanazzi.
Também será solicitado o repasse urgente de recursos para as casas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – segundo o prefeito, são 700 moradias que estão contratadas, e parte delas será destinada para as famílias atingidas pelas cheias.
“Será requisitado o valor de R$ 38 milhões para obras emergenciais de recuperação de asfalto, pontes entre outras demandas de infraestrutura viária”, acrescentou, detalhando que agora serão feitos planos específicos para cada questão necessária, como por exemplo, a reforma da ponte sobre o Arroio Kruse, no bairro Santo André, que foi destruída pela enxurrada.
Já ao governo do Estado, o Município vai solicitar recursos emergenciais para recuperação de casas, com a liberação de duas parcelas no valor de um salário-mínimo para as famílias atingidas através de recursos do Programa Devolve ICMS.