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Notícias | Região AÇÕES PREVENTIVAS

GRIPE AVIÁRIA: Estado reforça fiscalização após caso confirmado na reserva do Taim

A ABPA reforça que não há risco ao consumidor, já que a enfermidade não se transmite pelos alimentos

Publicado em: 27.06.2023 às 10:20 Última atualização: 27.06.2023 às 14:58

Desde a ocorrência do primeiro caso confirmado de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (Iaap) em uma ave silvestre na reserva do Taim, a fiscalização de possíveis casos está reforçada. Equipes utilizam até helicópteros e drones para auxiliar nas buscas de aves mortas ou com sintomas da doença.


Atuação constante tem ocorrido desde a primeira ocorrência de H5N1 em uma ave morta no Taim, no dia 24 de maio | Jornal NH
Atuação constante tem ocorrido desde a primeira ocorrência de H5N1 em uma ave morta no Taim, no dia 24 de maio Foto: Seapi/Divulgação

"Os drones e os sobrevoos de helicóptero têm nos ajudado a ver melhor esses locais, em juncais onde pode haver aves mortas escondidas", explica o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Francisco Lopes.

Em duas semanas, foram dois sobrevoos de helicóptero. Quatro drones estão sendo utilizados diariamente para monitorar toda a costa da Lagoa Mangueira e grandes espelhos d'água da região. O Serviço Veterinário Oficial já avistou 16.482 aves durante esse período. O trabalho vem sendo executado ao longo da Lagoa Mangueira, que tem mais de 100 quilômetros de extensão e 10 quilômetros de largura.

Situação das aves


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Desde o primeiro momento, em que 36 cisnes mortos foram encontrados, as equipes de vigilância vêm recolhendo números reduzidos de aves mortas ou moribundas, girando em torno de uma a seis aves encontradas por dia. "Acreditamos que o achado inicial era de aves mortas acumuladas, pois estavam em diferentes estágios de decomposição", complementou Francisco. No total, foram recolhidas 81 aves mortas ou moribundas, sendo a grande maioria composta de cisnes-de-pescoço-preto (78), duas caraúnas e um tachã. Uma das caraúnas apresentou laudo negativo para influenza aviária e a outra, junto com o tachã, ainda aguarda o resultado.

A Seapi vem adotando uma abordagem ampla na vigilância ativa, investigando um raio de 10 quilômetros a partir do ponto onde as aves mortas foram encontradas. "Pode ser considerado um excesso de zelo, mas preferimos pecar pelo excesso do que pela falta", destacou a diretora do DDA, Rosane Collares.

Avicultura

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destaca que a avicultura gaúcha e brasileira seguem livres de influenza aviária. "Nunca houve registro da enfermidade no plantel comercial do Estado, sendo a única situação decorrente de aves migratórias silvestres. Exatamente por isso, o país preservou seu status como livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), órgão internacional responsável pelo tema", informou a entidade em nota.

A ABPA reforça que não há risco ao consumidor, já que a enfermidade não se transmite pelos alimentos. "Os plantéis industriais seguem os mais rígidos protocolos de biosseguridade, que estão ainda mais reforçados neste momento. Vale ressaltar também a rigorosa vigilância intensificada pelo governo gaúcho", afirma o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Número de aves diminuiu

As atividades de vigilância ativa na Estação Ecológica do Taim permanecem, mas agora com equipes reduzidas, já que diminuiu o número de recolhimento de aves silvestres da Lagoa Mangueira. As atualizações e balanço do trabalho foram apresentados o último dia15, pelo Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DAA) ao secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, e ao superintendente federal de Agricultura e Pecuária do RS (SFA/RS), José Cleber Dias de Souza.


Apresentação dos trabalhos realizados até agora no RS | Jornal NH
Apresentação dos trabalhos realizados até agora no RS Foto: Divulgação/Seapi

Mapa atualiza casos de IAAP no Brasil

O Ministério da Agricultura informou, em atualização na plataforma oficial no domingo (25), que dois novos focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (Iaap, vírus H5N1) em aves silvestres foram detectados no Brasil. No total, há 48 casos da doença em aves silvestres no País. Há outras nove investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo. As notificações em aves silvestres não comprometem o status do Brasil como país livre de Iaap e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa).

Susana Leite

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Susana Leite

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