MOLHO DE TOMATE: Moradora de Sapiranga encontra substância estranha dentro embalagem: "parece uma cabeça de rato"
Produto da marca Fugini estava dentro do prazo de validade. Consumidora afirma que vai relatar caso à Polícia Civil
Uma surpresa desagradável durante o preparo do jantar mudou os planos da técnica em enfermagem Ariela Fernanda dos Santos, de 29 anos. Na noite de sábado (1º), ela cozinhava uma refeição para ela, o filho e uma amiga, quando encontrou uma substância estranha no molho de tomate da marca Fugini.
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“Parece uma cabeça de rato”, recorda a consumidora. As imagens do produto foram gravadas na naquela noite em vídeo e enviadas à reportagem (veja abaixo). Ariela relata que havia comprado o molho de tomate há cerca de cinco dias em um mercado do bairro.
Nas imagens enviadas por Ariela é possível ver que o molho de tomate estava dentro do prazo de validade. “Já mandei mensagem para o mercado, acho importante comunicar o que aconteceu”, afirma. Ao todo foram dois itens da mesma marca adquiridos no mesmo estabelecimento, porém com número de lotes diferentes. A consumidora também diz que vai fazer um boletim de ocorrência na Polícia Civil.
Apesar das medidas tomadas, foi difícil fazer uma refeição naquela noite. O cardápio de arroz, feijão e molho de frango acabou se transformando em uma torrada.
*O espaço está aberto para manifestação da Fugini.
Sócios da Fugini foram indiciados por problemas em molho de tomate
No começo do mês passado, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul havia concluído um inquérito após os resultados de análises de amostras de molho de tomate da marca Fugini.
Em junho, a delegada Jeiselaure de Souza, responsável pela 1ª Delegacia de Polícia da cidade, disse que foram indiciados dois sócios, um funcionário responsável pelo controle técnico de qualidade dos produtos e a própria empresa. O trio responderá por crime contra a relação de consumo.
"A autoridade policial entendeu, acompanhando entendimento jurisprudencial, que nesses casos é possível a imputação da pessoa jurídica", explicou a delegada. Na época, a Fugini havia negado a notificação administrativa.
Conforme a delegada, os responsáveis pela empresa negaram, em depoimento, falha no processo produtivo. No entanto, para a Polícia, "não há dúvidas de que as amostras macroscópicas contendo fungos e ovos de parasitas são prejudiciais à saúde humana e os molhos eram impróprios para consumo".
Entenda o caso
Os produtos da marca passaram a ser investigados pela vigilância, perícia e polícia depois que denúncias de que substâncias estranhas passaram as ser encontradas por clientes da marca. No Rio Grande do Sul, o caso é acompanhado desde dezembro de 2022 pelas autoridades.
No começo de junho, após o resultado de análises de amostras, dois sócios e um funcionário da Fugini foram indiciados na conclusão do inquérito da Polícia Civil. A acusação é de crime contra a relação de consumo.
Apesar da Polícia afirmar que a empresa foi notificada administrativamente, a Fugini não confirmava o recebimento da notificação até o dia 2 de junho.
Fiscalização da Anvisa
A Agência de Vigilância Sanitária havia fiscalizado produtos da empresa localizada em Monte Alto, em São Paulo. Em março, chegou a suspender produtos após inspeção sanitária.
Em 7 de junho, a Anvisa revogou as medidas adotadas depois que a Fugini apresentou adequações no mês de abril.
Moradora de Sapiranga encontra substância estranha dentro de embalagem de molho de tomate. Saiba mais em @jornalnh
— Kelly Betina Veronez (@Kellybv) 2 de julho de 2023
Imagens: Arquivo Pessoal pic.twitter.com/T7j27HaS2L
Como fazer denúncia à Anvisa
Segundo o portal da Anvisa, o atendimento ao público é pelo número 0800 642 9782. A ligação é gratuita para todo o Brasil, das 7h30 às 19h30, de segunda à sexta-feira, exceto feriados.
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