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Notícias | Região LITORAL NORTE

Envolvidos com esquema de exploração sexual infantil coordenado por empresário são alvos de operação

Investigado usava ONGs beneficentes para se aproximar de mulheres com filhas e convencê-las de submeter as crianças a atos sexuais com ele em troca de dinheiro por Pix

Publicado em: 04.07.2023 às 09:12 Última atualização: 04.07.2023 às 09:15

Um esquema de exploração sexual infantil coordenado por um empresário do litoral norte do Rio Grande do Sul é investigado há três meses. Nesta terça-feira (4), a Polícia Civil desencadeou a quarta fase da Operação La Lumière. Nesta manhã, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Imbé.


Envolvidos com esquema de exploração sexual infantil coordenado por empresário são alvos de operação | Jornal NH
Envolvidos com esquema de exploração sexual infantil coordenado por empresário são alvos de operação Foto: Polícia Civil

A delegada Camila Franco Defaveri explica que os alvos agiam como facilitadoras dos crimes
cometidos pelo investigado principal. Nas residências, segundo a delegada, foram apreendidos "equipamentos eletrônicos, celulares, notebooks e documentos que apontam para participação de outras pessoas envolvidas nos crimes investigados". 

Investigação começou há três meses

O esquema de abuso sexual contra crianças foi descoberto em abril deste ano. Um empresário foi preso por negociar atos sexuais com mães de crianças. Ele usava ONGs beneficentes para se aproximar de mulheres com filhas e convencê-las de submeter as crianças a atos sexuais com ele em troca de dinheiro por Pix.


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O primeiro caso, do qual a Polícia teve conhecimento através de uma denúncia anônima, foi o de uma mulher, mãe de três meninas com idades entre oito e 12 anos, que permitia que ele tivesse relações com as filhas.

"Eles combinavam programas entre as meninas. O investigado passava o final de semana em um apartamento que ele tem em Imbé com as meninas", afirma a delegada.

Empresário e mãe das meninas foram presos

Na primeira fase da operação, em 27 de abril, o empresário e a mãe das três meninas foram presos em flagrante. Posteriormente, as prisões foram convertidas em preventivas. Eles seguem presos.

Na primeira fase da operação, foram realizadas buscas nos imóveis do investigado, tanto em sua residência principal, como também, em seu apartamento à beira-mar, em Imbé. No local, foram apreendidos diversos instrumentos sexuais e medicamentos calmantes de venda controlada, possíveis dopantes. Também foram localizados aparelhos celulares e notebooks com o histórico de conversas com a acusada, mãe das meninas. 

Na segunda fase, em 17 de maio, duas mulheres foram presas. Uma mulher de 26 anos, moradora de Cachoeirinha, submetia a filha de sete anos aos atos criminosos com o empresário. Outra mulher, de 23 anos, permitia que as filhas de um e três anos fossem vítimas dele. Segundo a investigação, elas já foram prestadoras de serviço da empresa do investigado.

Na terceira fase da operação, em 26 de maio, uma mulher de 25 anos foi presa em Porto Alegre, por estar envolvida com o esquema. De acordo com a Polícia Civil, ela é mãe de uma menina de 1 ano, vítima de abusos sexuais desde que era um bebê de poucos meses de idade. A presa e sua mãe, avó da bebê, são acusadas de receberem dinheiro para explorar sexualmente da criança.

Na data, a menina foi recolhida por agentes do Conselho Tutelar e encaminhada para perícia psíquica e verificação de violência sexual no Instituto-Geral de Perícias.

Denúncias

Denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes podem ser feitas pelo, inclusive de forma anônima, pelo Disque 100 ou pelo Disque-denúncia 0800 510 2828. Crimes também podem ser denunciados pelo número (51) 9 8418 7814 no WhatsApp e Telegram. 

Conselho Tutelar – Deve ser acionado nos casos de violência, inclusive por familiares, de ameaça ou
humilhação por agentes públicos, e de atendimento médico negado. O Conselho Tutelar é um dos órgãos de proteção e também recebe denúncias de violações dos direitos das crianças e adolescentes.

Disque 180 – Em casos de violência contra mulheres e meninas, seja violência psicológica, física ou sexual causada por pais, irmãos, filhos ou qualquer pessoa. O serviço é gratuito e anônimo.

Polícias – A Brigada Militar deve ser acionada em casos de necessidade imediata ou de socorro rápido. O
número 190 recebe ligações de forma gratuita em todo o território nacional. Também é possível acionar as
Delegacias Especializadas de Proteção à Criança e ao Adolescente. A Polícia Civil do RS dispõe também dos fones (51) 2131.5700 (para Porto Alegre) e 0800 642.6400.

Kassiane Michel

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Kassiane Michel

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