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Diretor do Hospital de Montenegro deixa cargo em meio a denúncias e processos por assédio sexual

Mantenedora da casa de saúde foi condenada na esfera trabalhista em decorrência de cinco casos denunciados ao Ministério Público do Trabalho; Aoase não revela motivo da saída do executivo

Publicado em: 05.07.2023 às 18:36

Em meio a denúncias de ex-funcionárias e processos judiciais por acusações de assédio, o diretor executivo do Hospital de Montenegro Carlos Batista da Silveira deixou o cargo após 11 anos. Sua saída foi confirmada por nota divulgada na última segunda-feira (3) pela Associação Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas de Montenegro (Aoase).


Mantenedora do Hospital de Montenegro foi condenada pela Justiça do Trabalho pelos crimes de assédio sexual na instituição | Jornal NH
Mantenedora do Hospital de Montenegro foi condenada pela Justiça do Trabalho pelos crimes de assédio sexual na instituição Foto: Divulgação

“A Associação Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas de Montenegro vem publicamente agradecer ao Sr. Carlos Batista da Silveira pelo empenho e dedicação desenvolvidos no decorrer desses 11 anos de atuação em que esteve liderando as atividades da Diretoria Executiva e equipe do HM Regional. A Diretoria da Mantenedora reconhece os méritos do trabalho realizado, agradece e deseja sorte na continuidade da sua carreira”, diz trecho do comunicado.


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O documento não esclarece o motivo da saída de Silveira e nem em que circunstância ocorreu, se a pedido do executivo, por interesse da mantenedora ou por acerto entre as partes. A reportagem questionou o hospital sobre o assunto, mas não houve resposta até a atualização mais recente deste conteúdo. O espaço permanece disponível para manifestação.

“Este assunto cabe ao RH e o próprio funcionário”, disse Eliane Daudt, presidente da Aoase. Silveira foi procurado pela reportagem, mas preferiu não se manifestar sobre o assunto. O espaço também segue aberto para contraponto.

O ex-diretor é réu na esfera criminal da Justiça por acusação de cinco ex-funcionárias do Hospital de Montenegro que o denunciaram por suposto crime de assédio sexual que teria sido cometido entre 2014 e 2022. De acordo com as vítimas, piadas, mensagens, olhares e passadas de mão estavam entre os problemas.

O caso também corre na Justiça do Trabalho, onde a Aoase foi sentenciada no mês passado a pagar uma indenização de R$ 50 mil ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e a realizar atividades socioeducativas por conta dos supostos crimes ocorridos dentro da casa de saúde. A entidade de caráter filantrópico e 100% SUS recorreu da decisão em 1ª instância. “Ainda não temos o retorno do processo da 2ª instância”, destaca Eliane.

Os processos nas duas esferas transcorrem sem segredo de Justiça.

Ubiratan Júnior

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