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Alternativa à praça de pedágio na RS-122 tem fluxo alto de veículos habituais

Dado sinaliza que "plano b" para receber pedágio no Caí é usado por motoristas frequentes, possivelmente moradores do entorno

Publicado em: 12.07.2023 às 21:37 Última atualização: 14.07.2023 às 13:58

Nesta quarta-feira (12), o prefeito de São Sebastião do Caí, Júlio Campani, esteve em reunião na Secretaria de Parcerias Público Privadas, em Porto Alegre, onde o estudo sobre o fluxo de veículos que definirá a localização do pedágio da RS-122 em São Sebastião do Caí foi apresentado.

A análise, que está sendo realizada pela concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), apontou que, nos últimos 30 dias, 560 veículos passaram pelo trecho do km 18 repetidas vezes. O trecho é apontado pela prefeitura como alternativa ao km 4,6, inicialmente apontado como local do pedágio.


Diálogo aberto entre concessionária, prefeitura e Estado | Jornal NH
Diálogo aberto entre concessionária, prefeitura e Estado Foto: Lucas Barroso/Comunicação Separ

Atualmente a praça fica na RS-240, em Portão, e seria transferida para o km 4,6 da RS-122, o que segundo Campani teria impactos negativos para o município. A prefeitura de São Sebastião do Caí vem levantando sugestões de pontos onde o reflexo não seria tão negativo para a cidade. O principal deles era o km 18,8, local onde câmeras foram instaladas para que o estudo seja realizado. "Essa reunião foi a primeira para termos uma ideia do estudo. Deu para sentir que 560 veículos representam um cenário extremo", admite Campani.


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Ainda conforme o prefeito, o estudo, que deve seguir até agosto, servirá para montar os cenários de impactos financeiros para a concessionária.

"Agora eles precisam pegar as placas destes veículos e verificar onde residem os motoristas. A partir daí, será feito uma projeção do impacto financeiro e isenções para moradores de São Sebastião do Caí", explica o prefeito.


Atualmente, praça de pedágio está na RS-240, em Portão | Jornal NH
Atualmente, praça de pedágio está na RS-240, em Portão Foto: Susi Mello/GES-Especial

"É um contrato de 30 anos. Precisamos debater isso", defende prefeito

O ponto de pedágio se tornou assunto de interesse da prefeitura desde o momento em que foi divulgado pela concessionária a mudança da praça de Portão para a RS-122. Em abril, o prefeito chegou a levar representantes da CSG para conhecer duas alternativas de instalação do pedágio, que causam menos impactos para o município.

"Foi bom que conseguimos abertura com o Estado para debater esse assunto. É um contrato de 30 anos. Precisamos debater isso, pois o valor ainda seria o dobro de Portão, porque o pedágio está previsto para os dois sentidos da rodovia. Mas estou bem otimista com nosso encontro nesta quarta-feira, houve um bom diálogo e a comunicação está aberta. Deixaram claro que nada será 'enfiado a goela abaixo', tudo será resolvido na conversa", acrescenta Campani.

Na reunião, estiveram presentes o secretário estadual de Parcerias Públicas e Privadas, Pedro Capeluppi; e diretores da CSG, Paulo Negreiros e Ricardo Peres.

Estudos e diálogo continuam

Até o fim da semana que vem deve ser concluída a análise do estudo da alternativa do km 18,8 ao invés da praça de pedágio no km 4,6. "Este estudo está em andamento paralelamente com o levantamento do fluxo. Ele mostrará mais claramente os impactos financeiros para a concessionária. Lembrando que todas as alternativas possíveis serão construídas de forma conjunta entre a concessionária, município e Estado", salienta Campani.

Segundo o prefeito, o objetivo é mostrar opções de pelo menos três cenários. Após todos os estudos concluídos será feita uma nova reunião e a última palavra ficará com o governador.

Caso o pedágio seja instalado no km 4,6, como previsto originalmente, ele ficará em frente ao maior bairro de São Sebastião do Caí. "Isso significa que 4,6 mil pessoas serão prejudicadas e é uma população de baixa renda que ficaria com seu direito de ir e vir prejudicado", explica Campani. "Hoje o pedágio custa R$ 11,90, Se vier para São Sebastião do Caí, ficará o dobro, pois será cobrado nos dois sentidos."

Carla Fogaça

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