"Deu tudo certo": Moradora de Ivoti passa por cirurgia cerebral acordada e fala sobre procedimento inédito
Novidade não era apenas para a paciente, mas também para o Hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas, onde a cirurgia foi realizada
Sensação "um pouco estranha", assim a auxiliar de escritório Fabiane Backes, 46 anos, descreve o procedimento cirúrgico pelo qual passou quando realizou uma cirurgia cerebral acordada. Moradora de Ivoti, ela passou pela intervenção no dia 21 de junho para tratar um tumor cerebral.
A novidade não era apenas para a paciente, mas também para o Hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas, onde a cirurgia foi realizada. Isso porque esta foi a primeira vez que a técnica foi utilizada na instituição.
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"Não é usada para todos os casos, são casos selecionados que se beneficiam", explica Greggianin. Segundo ele, o método é bastante seguro, mas a equipe precisa estar treinada para realizar a técnica.
Fabiane, por sua vez, lembra de ver toda a equipe ao seu redor e o médico mostrando os objetos enquanto realizava o procedimento. "O grande diferencial também ocorreu pois o médico passou muita confiança, entreguei nas mãos dele e de Deus, e graças deu tudo certo", diz a paciente que está em recuperação."
Ela ainda relata a surpresa ao saber como seria feita a sua cirurgia. "Não conhecíamos este método. Mas fomos para a internet e vimos de muitos casos, todos eles bem sucedidos."
Com informações do Hospital Nossa Senhora das Graças Canoas
Família unida
Irmã de Fabiane, Juliane Backes conta que a conversa entre a equipe e a irmã foi constante durante a cirurgia. "Como o tumor estava localizado próximo à região da fala, então a equipe médica fazia testes, questionamentos durante o procedimento, com prontos retornos da paciente."
Foram cerca de cinco horas de operação, e Fabiane já comemora uma recuperação que vem sendo bem sucedida. "Ela apresenta apenas uma pequena instabilidade na mão direita e está falando normalmente. Estamos todos muito satisfeitos com o resultado, assim como muito gratos com toda a equipe."
Há 20 anos, ela fez cirurgia convencional
Após uma ressonância magnética apontar para o tumor, Fabiane começou um novo tratamento contra a doença. Em 2000 ela já havia passado por outro procedimento para combater um tumor no cérebro.
Há 20 anos o tratamento foi mais convencional, com aplicação de uma anestesia geral que a fez dormir durante o procedimento. Agora, além da novidade no tratamento, a família também se une para dar apoio e força para a auxiliar de escritório.
"A palavra chave no momento é ter muita calma e paciência, para a vida da Fabiane voltar ao normal aos poucos, e dos demais envolvidos também", resume Juliane, que ainda demonstra a disposição e esperança dos familiares para ver Fabiane vencer a doença.
"É claro que ainda tem um longo caminho pela frente, a Fabiane tem emprego, tem um filho que precisa de acompanhamentos na rotina diária, mas como falei, todos ajudando e fazendo a sua parte não fica difícil ou impossível para ninguém."