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Notícias | Região DO VALE DO SINOS

Casal da região muda estilo de vida e decide viajar de Kombi pela América do Sul: "Somos muito mais felizes do que éramos antes"

Danusa da Rosa e Audrius Lemes, moradores de Campo Bom, se aventuram sobre rodas

Publicado em: 28.07.2023 às 05:00 Última atualização: 28.07.2023 às 07:53

Deixar a casa mobiliada, o emprego e a família para trás para percorrer cerca de 30 mil quilômetros dentro de uma Kombi pode parecer loucura. Mas não para quem procura viver novas experiências e aproveitar o tempo de forma diferente. Foi o que fez o casal Danusa Cristina da Rosa, 37 anos, e Audrius Dreheier Lemes, 43, moradores de Campo Bom e que viajaram durante quatro anos para o Uruguai e Argentina dentro de uma casa sobre rodas.


Casal está de volta ao Vale do Sinos com sua "kombihome" | Jornal NH
Casal está de volta ao Vale do Sinos com sua "kombihome" Foto: Laura Rolim/GES-Especial

Os viajantes retornaram para o Brasil no início de julho. Foi em dezembro de 2019 que eles decidiram partir para a nova aventura. Um mês antes de saírem do território brasileiro, programaram ficar um período em Florianópolis para testar a nova "residência" e seguirem de vez para o fim do mundo, ou melhor dizendo, rumo a Ushuaia, cidade turística na Argentina, no extremo sul da América do Sul.


Destino dos sonhos: Ushuaia, na Argentina | Jornal NH
Destino dos sonhos: Ushuaia, na Argentina Foto: fotos Arquivo Pessoal

Danusa trabalhava em uma fábrica de calçados há 16 anos. Audrius estava há 7 anos em uma fábrica de cordas. A rotina já não os satisfazia e o estresse foi tomando conta. "Nós nunca fomos ricos, mas sempre tivemos conforto. Chegou uma hora que nem o conforto estava mais trazendo felicidade", afirma Audrius.

O casal demorou cerca de um ano para montar a Kombi conforme o que a viagem pedia. O veículo possui quase tudo o que uma pessoa precisa para passar os dias, menos chuveiro. O planejamento inicial era ficar apenas três meses no Uruguai, mas o que era para ser um curto período de tempo se prolongou por dois anos e oito meses, já que a pandemia de Covid-19 chegou ao País pouco tempo depois.


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"A pandemia nos ensinou que não dá para ter planos muito longos. Ficamos cerca de 2 anos em um sítio. Lá, cozinhamos, cortamos grama. De vez em quando, íamos nas praias para vender artesanato", explica.

Para comprar comida e pagar as despesas de gasolina, o casal contou com o aluguel de apartamento em Campo Bom, além da venda de pulseiras feitas por eles mesmos e a ajuda da família, que quando precisavam, enviava valores. "Para comer, nós sempre tínhamos. E nós também contamos com a ajuda das pessoas. Costumávamos dizer que vendíamos a nossa história, e não só artesanato", relembra Audrius.

Neve e muita emoção

As paisagens que viram ao longo do percurso vão ficar marcadas para sempre na memória dos dois. Em fevereiro, tiveram a oportunidade de ver neve pela primeira vez. Ao longo dos quatro anos, infinitas foram as trilhas que desbravaram juntos. Mas o lugar favorito e escolhido como o mais bonito pelos viajantes foi Torres del Paine, um parque localizado no Chile.

Entretanto, de acordo com os viajantes, a emoção de chegar a Ushuaia, o destino, foi muito forte. "Parece que tínhamos entrado em um filme. Choramos muito quando chegamos. Era o nosso sonho."


Danusa e Audrius visitaram vários lugares gelados | Jornal NH
Danusa e Audrius visitaram vários lugares gelados Foto: Arquivo Pessoal

"Somos muito mais felizes"

Enquanto aproveitam os dias para matar a saudade dos familiares e dos amigos, Danusa e Audrius já pensam nos próximos destinos, mas sem fazer muitos planos. Danusa quer voltar para a Argentina, pois alguns lugares não conseguiram visitar. Audrius não descarta espichar um pouco mais o trajeto e conhecer o Peru e a Colômbia.

Uma coisa é certa, nenhum dos dois pensa em voltar a ter a vida que tinham antes. "Somos muito mais felizes do que éramos antes. As preocupações são outras. Vamos levar esse estilo de vida por mais tempo", destaca.

O objetivo dos dois é ter lembranças ao invés de apenas sonhos. "Campo Bom ficou pequena para nós. Tiramos aprendizados de tudo e temos muitas recordações do que vivemos. Até as coisas ruins foram boas", finaliza.

Ajuda para consertar veículo

Para seguirem viajando e conhecendo outros lugares, o casal precisa consertar a Kombi que os acompanhou durante os quatro anos. Os viajantes procuram ajuda de interessados em auxiliar no conserto do veículo. "Temos um Fusca raridade que poderia ser usado no negócio com alguma mecânica que queira, em troca do conserto do motor da Kombi", explica Danusa.

No perfil do Instagram (@projetoideiacao) é possível entrar em contato com o casal.

Laura Rolim

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Laura Rolim

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