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"No Parque do Palácio tem muito uma questão politiqueira", diz prefeito de Canela

Constantino solicitou análise jurídica-ambiental de instituto; chefe do Executivo revela que vai processar vereador por falas sobre construção do centro de eventos

Publicado em: 28.07.2023 às 16:01 Última atualização: 28.07.2023 às 16:07

Parque do Palácio, política, sucessão. Esses foram alguns dos assuntos abordados pelo prefeito de Canela, Constantino Orsolin, em uma coletiva de imprensa, realizada na tarde da quarta-feira, dia 26.

Representante do Instituto Piracema, Fernanda Medeiros, com o prefeito Constantino
Representante do Instituto Piracema, Fernanda Medeiros, com o prefeito Constantino Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL
Com 11 anos de gestão à frente da Prefeitura de Canela, o prefeito começou falando sobre as polêmicas que envolvem a construção de um centro cultural de convenções e congressos no Parque do Palácio. Entre idas e vindas, o projeto para trocar o terreno do Centro de Feiras, na área central, pela construção do novo equipamento está em tramitação na Câmara de Vereadores. Em rito de urgência, a expectativa é que a votação ocorra na próxima sessão, no dia 7 de agosto.

Constantino voltou a frisar que existe uma lei que determina essa construção, definida quando a área do parque foi doada à Prefeitura pelo governo do Estado.

O centro de eventos precisa estar pronto até 1º de janeiro de 2025. Caso a cláusula não seja cumprida, o terreno volta ao Estado.

Uma das discussões é sobre a questão ambiental do local. A Prefeitura solicitou ao Instituto Piracema para que fizesse um parecer jurídico-ambiental. "Ali no Parque do Palácio tem muito uma questão politiqueira e ano que vem tem eleição", afirma o prefeito. "Me admira quem trabalha com turismo ser contra o projeto", completa.

A análise foi apresentada pela doutora em Direito Fernanda Medeiros. Ela ressalta que a área de cerca de 9 hectares tem uma realidade ambiental já consolidada. "Na parte da frente do terreno, não há praticamente vegetação e a construção não afetaria o ecossistema. Não há nenhum impedimento ambiental para a construção", reforça.

Contudo, o instituto chama a atenção para dois pontos. "No fundo do terreno tem uma parte com água, provavelmente oriunda de uma nascente. Ali temos que ter um zelo porque pode ter fauna vinculada", exemplifica. "Também tem uma área de mata na parte esquerda, que deve ser preservada podendo, inclusive, ter espaço para caminhada, área de educação ambiental, mas mantendo as árvores", pondera.

Melhorias no parque

Constantino diz que, mesmo sem a decisão do Legislativo, vai continuar investindo no parque e que na próxima semana continuarão os trabalhos para instalação de trilhas. “O trabalho continua”, cita, falando que o recurso utilizado é de uma compensação do Laje de Pedra. “Eu tenho tanta preocupação com o parque que estou trocando dois terrenos do Município para ter mais espaço livre lá”, corrobora.

Prefeito diz que vai processar vereador

E o assunto do Parque do Palácio continua. Sem citar nomes, o prefeito aproveitou para alfinetar vereadores da oposição, em especial Vellinho Pinto, do PDT, que o chamou de “rei”, na última sessão, no dia 17.

“Quer construir ali um pavilhão para entregar para a iniciativa privada, porque ninguém vai imaginar aqui que vai ser a Prefeitura Municipal de Canela que vai fazer a gestão do centro de convenções. Não é, é para entregar para alguns amigos do rei, algumas empresas que ele tem afinidade muito próxima, como a gente sabe que tem”, declarou o parlamentar na sessão.

Constantino alegou que vai pedir as gravações da sessão. “A coisa chegou no limite. Agora, eu tive que parar e olhar para trás. Está brincando com a minha dignidade, com a minha honradez. Eu vou processar esse cidadão”, enfatizou o prefeito.

Questionado pelo Jornal de Gramado sobre a futura gestão do centro de convenções do Parque do Palácio, o prefeito diz que primeiro vem a construção. “Eu acho que seria importantíssimo para o crescimento do turismo de negócios, para a baixa temporada e dias da semana. Eu tenho um princípio meu que tem coisas que o poder público não tem que se meter, porque as leis limitam e há burocracia”, completando que sempre foi favorável à privatização do Parque do Caracol.

Candidato do MDB em 2024

Ainda na parte política, Constantino referiu que foi “acusado” de retirar membros do PDT para a filiação no MDB, como o secretário Jonas Bohn, que trocou de sigla, e também mencionou a discussão sobre o aumento do número de cargos em comissão proposto pelo Executivo canelense.

“Se o candidato achar que CC ganha eleição, ele nunca vai ganhar. O que ganha uma eleição é a relação que se tem com a população, obras e atender os anseios que a população tem”, refletiu.

Em seguida, salientou que o MDB terá um candidato como cabeça de chapa para as eleições de 2024, mas reiterou que não citará nomes. “Em um ano, muita água passa embaixo da ponte”, reforça. Ele fez uma analogia sobre a dinâmica política, destacando que “o parceiro de hoje pode ser o adversário de amanhã e o inimigo de hoje pode ser o parceiro de luta de amanhã”.

Mônica Pereira

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