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Notícias | Região INDUSTRIALIZAÇÃO

Alckmin acena com programa para renovação de maquinário na indústria brasileira

Durante encontro com empresários em Porto Alegre, vice-presidente também afirmou que governo não voltará atrás na reforma trabalhista

Publicado em: 05.08.2023 às 10:28 Última atualização: 05.08.2023 às 10:29

A visita do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, a Porto Alegre na sexta-feira (4) foi marcada pela cobrança do setor empresarial gaúcho pela alteração da política de impostos do País.


Geraldo Alckmin palestra na Fiergs | Jornal NH
Geraldo Alckmin palestra na Fiergs Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial

Em encontro com empresários do setor industrial realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), na capital gaúcha, o vice-presidente sinalizou com medidas para auxiliar a renovação do maquinário industrial do País.


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De acordo com Alckmin, o governo estuda um projeto no qual iria isentar o setor industrial de impostos durante um ano para que as mesmas possam comprar novos equipamentos. “Nossa indústria está envelhecida, precisamos de uma depreciação acelerada, garantindo a substituição das máquinas, abrindo mão de impostos no primeiro ano”, afirmou durante a palestra.

O vice-presidente apontou que serão necessários aportes entre R$ 10 a 15 bilhões para garantir a ação, já que seria necessário também financiar a compra desse maquinário. No discurso, o vice-presidente reforçou por diversas vezes o desejo de "reindustrializar" o País.

Reformas que vem e que ficam

Presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, foi o primeiro a discursar, e subiu o tom contra isenções de impostos para regiões do país e internacional. As questões tributárias foram o principal foco do dirigente.

Com relação ao cenário nacional, Petry apontou seu alvo para a Zona Franca de Manaus."No contexto atual, há diferenças superiores a 20 por cento entre produtos “seriam fabricados” na Zona France nas fábricas localizadas em outros Estados. Hoje, a Zona Franca assemelha-se a um “paraíso fiscal” dentro do Brasil”, criticou.

Petry apontou uma posição favorável à reforma tributária aprovada na Câmara, que agora será analisada pelo Senado. “A aprovação da reforma tributária assume, assume enorme relevância. Esperamos que a aprovação se repita no Senado, e que seus desdobramentos não venham a prejudicar o setor econômico.”

Já ao falar do mercado internacional, Petry voltou sua carga para as isenções dadas para compras de fora do país. “Não é justo que a indústria e o comércio sejam tributados e seus competidores internacionais fiquem isentos”, afirmou fazendo referência à isenção para compras até US$ 50.

O fim da isenção para compra de produtos foi tema de uma reunião entre Alckmin e o setor coureiro calçadista. Porém, antes do encontro, o vice-presidente conversou com a imprensa e minimizou o impacto.

“Já teve uma mudança importante, porque o ICMS já vai vigorar. Em relação ao tributo federal está se estudando uma maneira”, afirmou ele sem detalhar quais outras saídas.

No microfone durante seu discurso, Petry salientou o desejo de manutenção da reforma trabalhista aprovada ainda no governo Michel Temer. A mudança nas regras da CLT sempre foi alvo de crítica do PT e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas, aos empresários, Alckmin foi taxativo. “Ninguém vai mexer na reforma trabalhista”, garantiu. Atualmente no PSB, o vice-presidente era governador de São Paulo pelo PSDB durante a aprovação da reforma e um entusiasta defensor da medida.

Acompanhando a comitiva do vice-presidente estava o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), que também é presidente estadual do PT. Questionado sobre a afirmação de Alckmin, Pimenta saiu pela tangente.

“Seria uma indelicadeza da minha parte, na medida que o vice-presidente deu uma declaração, que eu não acompanhei, poder falar a esse respeito”, o ministro estava na mesa das autoridades quando o vice-presidente fez a declaração, mas afirmou não ter ouvido.

Eduardo Amaral

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Eduardo Amaral

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