A evolução das passarelas na BR-116 nos últimos sete anos

Na última década, a BR-116 na região metropolitana tem sofrido muitas modificações. O crescente fluxo de veículos (que vem junto com o aumento populacional) obriga a necessidade de se buscar soluções para mobilidade e segurança na rodovia. Elas têm sido adotadas lentamente, é bem verdade.

As obras para ampliação de faixas e construção de pontes elevadas no trecho leopoldense só vieram a sair do papel há três anos, após longa espera. Também é o caso das passarelas, que tiveram a licitação oficializada em 2014, mas só começaram a ser erguidas após quase dois anos e, sete anos depois (apesar da previsão inicial de três anos), ainda seguem em execução, com atrasos gerados principalmente pela espera de verbas.

Muitas já estão concluídas, dentro do projeto do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), e vêm mudando desde 2016 (quando iniciaram as obras), a rotina dos moradores locais, que precisam atravessar a rodovia para trabalhar ou estudar.

Jaqueline da Silva, auxiliar de restaurante em Esteio, sobe todos os dias a passarela, situada na km 256,45 da BR-116, para chegar ao trabalho. "É o correto, pois tem mais segurança e ainda é coberta. Posso ir ao trabalho mais tranquila."

Mudança

Na outra ponta, em São Leopoldo, quem teve sua vida melhorada com a construção da passarela junto à Polícia Rodoviária Federal, no km 243,94, foi o pedreiro Evandro Janner.

Ele mora no bairro Campina, trabalha no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, e se desloca diariamente de bicicleta. "Levo uns 30 minutos, mas se não fosse a passarela eu levaria mais de uma hora pedalando", conta.

De qualquer forma, ainda há quem veja pessoas atravessando a BR-116, mesmo com todo o perigo que isso pode acarretar. Um morador do bairro Rio dos Sinos, que não quis se identificar, disse que isso diminuiu muito desde que as passarelas foram construídas e reformadas.

Segundo ele, ainda se vê gente correndo o risco em horários de pouco fluxo de veículos e, especialmente à noite, pois muitos têm medo de atravessar a passarela com medo de assaltos.

Construções previstas para conclusão neste ano

Atualmente, há quatro obras em andamento no trecho entre São Leopoldo e Esteio – entre construção e reforma – e, no cronograma de execução das passarelas, o Dnit pretende concluí-las ainda neste ano. De acordo com o Departamento, para 2023, foram destinados R$ 30 milhões para estas construções que integram o Lote 2 das melhorias operacionais e de segurança viária da BR116.

Em Esteio, a passarela da Rua Cristóvão Colombo, no km 255,76, está com 60% de conclusão, já tendo sido finalizados os blocos da fundação e, agora, as equipes estão trabalhando em pilares, vigas e travessas que sustentarão a estrutura. Já a passarela localizada junto à estação Esteio da Trensurb está 25% da reforma concluída, com estacas executadas (faltam duas no canteiro central) e blocos de fundação concluídos (lado do parque).

Em São Leopoldo, as equipes realizam o estaqueamento da nova passarela da Scharlau, próxima à Rua João Streit, 44% concluída. A mais adiantada é a passarela da Avenida Industrial, em Sapucaia do Sul, que está com 90% dos serviços finalizados, faltando a cobertura e acabamentos. Naquele trecho já existe uma passarela antiga não coberta. A nova vai atender os moradores da Cohab e no bairro Colonial.

Obras de viadutos em Esteio ficam para depois da Expointer

Para que não ocorra interferência no período da Expointer deste ano, que acontecerá entre os dias 26 de agosto e 3 de setembro em Esteio, o Departamento decidiu fazer um ajuste no cronograma de início das obras dos dois viadutos em frente ao Parque de Exposições Assis Brasil. O prazo de conclusão do projeto segue sendo o primeiro semestre do próximo ano. Já o terceiro viaduto, de retorno à BR-116, localizado no km 257,5, tem término previsto para dezembro de 2024.

Muitas estruturas mais antigas

Antes de 2016, quando começou a execução das obras das novas passarelas anunciadas em 2014/15, as passarelas na parte duplicada da BR-116 entre Novo Hamburgo e Porto Alegre eram estruturas de concreto em sua maioria, sendo que de 22 listadas, metade eram em Canoas. Por isso a maioria das novas travessias ficaram em Novo Hamburgo e São Leopoldo (principalmente), também sendo contempladas estruturas em Sapucaia, Esteio Canoas e na capital.

Além das antigas passarelas, os pedestres têm pelo menos 20 opções de travessias pelos viadutos que cruzam a BR-116 na região metropolitana, seja sob (por baixo) ou sobre a pista. Mas vale destacar que algumas passagens são precárias, com pouca iluminação para travessia noturna.

Status das novas estruturas

O projeto de implantação das novas passarelas, com estrutura metálica, cercadas e iluminadas, e também de reformas de algumas das antigas passarelas, faz parte do chamado lote 2 de melhorias da BR-116, oficializado em 2014 e iniciado em 2016, após liberação de verbas por parte do governo federal. Quando concluídas todas novas travessias, os cerca de 40 quilômetros de trecho duplicado da 116 na região metropolitana terão mais de 60 opções de travessias de pedestres.

 Passarelas concluídas

Novo Hamburgo

Km 235,71 – Rua José Quadros Km 237,94 – Rua Porto Lucena Km 238,97 – Avenida Coronel Frederico Linck Km 239,44 - Rua Guaicurus Km 240,21 – Rua Jornal NH

São Leopoldo -  Km 242,09 – Rua Limoeiro Km 243,01 – Rua DNER (Scharlau) Km 243,94 – Posto da Polícia Rodoviária Km 244,5 – Rua São Simão/Rua Maceió Km 245,17 – Rua Demétrio Ribeiro/Jacob Blauth Netto Km 245,52 – Avenida Caxias do Sul Km 248,84 – Rua Cristo Rei /Edgar Seewald Km 250,69 – Rua Padre Luiz Gonzaga Jaeger (Travessa Amapá) Km 250,95 – Concórdia

Esteio -  Km 256,45 – Passarela Votoran

Canoas -  Km 264,34 – Rua Domingos Martins

Previstas em obras

São Leopoldo -  Km 242,56 – Rua São Leopoldo

Sapucaia do Sul -  Km 252,07 – Av. Industrial

Esteio -  Km 257,33 - Passarela da Trensurb (reforma) Km 255,76 – Rua Cristóvão Colombo

Canoas -  Km 264,5 - Rua Major Sezefredo

Porto Alegre -  Km 272,62 – Passarela da Estação Aeroporto