FREE FLOW: Entenda como será a implementação do novo sistema de pedágio no RS

O governador Eduardo Leite anunciou na manhã desta quinta-feira (17) o novo modelo de cobrança de pedágio a ser implementado nas rodovias da Serra Gaúcha e do Vale do Caí que fazem parte do Bloco 3 do plano de concessão de estradas gaúcho.

O free flow, como é chamado o novo sistema, é uma forma de cobrança que dispensa a instalação de praças de pedágio e permite que motoristas paguem apenas pelo trecho percorrido. A possibilidade de fracionamento da tarifa, porém, não será adotada de forma imediata no Estado. No primeiro momento, o valor do pedágio será fixo. Em até dois anos, após estudos, o Executivo estadual pretende adequar os valores à distância percorrida. 

De acordo com o anúncio do governo Leite, nos próximos meses, as rodovias receberão pórticos de cobrança, em vez de praças. São estruturas com câmeras e sensores que fazem a leitura das placas e dos modelos dos veículos que estiverem sem a tag (adesivo) para pagamento. 

Os novos pórticos serão instalados em locais próximos aos que estavam previstos para as praças de pedágio, conforme o plano de concessão. (Veja abaixo). A primeira estrada a receber a estrutura será a RS-122, onde hoje funciona a praça de Flores da Cunha. A partir do mês de dezembro, a cobrança no modelo free flow começará a ser feita cidade serrana.

Já nos demais pontos, como em São Sebastião do Caí e Capela de Santana, o modelo passará a funcionar em janeiro de 2024.

Como se trata de um tipo diferente de cobrança, as localizações dos pórticos estão sendo redefinidas, mas as estruturas ficarão posicionadas em quilômetros próximos aos apontados previamente no contrato de concessão para as praças de pedágio. Confira:

Rodovias que terão pórticos e previsão de início das cobranças:

• São Sebastião do Caí, RS-122
• Flores da Cunha, RS-122
• Ipê, RS-122
• Capela de Santana, RS-240
• Farroupilha, RS-122 
• Carlos Barbosa, RS-446
  
  

Como fazer o pagamento no sistema free flow

Uma das possibilidades para pagamento dos pedágios do sistema free flow é por meio das tags instaladas nos veículos. Essa forma de pagamento já é utilizada atualmente. São aqueles adesivos que alguns condutores colam no carro para ter "passagem livre", quitando o valor via cartão de crédito. 

Mas há alternativa. O condutor que trafegar pela rodovia sem a tag terá até 15 dias após a passagem pelo trecho para quitar o valor de outras formas. De acordo com a concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), responsável pelas estradas do bloco, será possível fazer o pagamento por meio do aplicativo e site da empresa.

Presencialmente, também será possível pagar em totens colocados nas cinco Bases de Serviços Operacionais (BSOs) da CGS. Futuramente, a empresa prevê convênios com outros estabelecimentos para que o pagamento possa ser feito.

Secretário de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi acredita que, com o novo modelo, o uso da tecnologia deve aumentar consideravelmente. "O que a gente imagina é que, dada a extinção das praças físicas, o uso de tag vai se popularizar ainda mais."

Durante a apresentação, o governador Eduardo Leite afirmou que, no trecho onde o free flow será adotado, 50% dos usuários das rodovias já usam atualmente o sistema de tag, que é fornecida por diferentes empresas. Todas serão aceitas.

Pagamento fracionado fica para depois

Durante os próximos dois anos, CSG e governo estadual farão estudos para avaliar o funcionamento do novo sistema. A expectativa é que, na segunda etapa, sejam instalados pórticos mais próximos, com distância de aproximadamente 15 quilômetros entre eles.

Com isso, os motoristas pagariam cerca de R$ 2,50 pela passagem entre um pórtico e outro em vez da tarifa integral, como funciona atualmente. "No futuro, poder fazer a cobrança compartimentada, que gera melhores condições de justiça na cobrança", projeta Leite.