CICLONE: Entenda como se forma e os diferentes tipos de ciclone; RS sentirá os efeitos de mais um a partir desta sexta
Meteorologia alerta para formação de ciclone extratropical na costa da Argentina; Estado deve ter vento forte no litoral
Após os ciclones de junho e julho, que causaram mortes e destruição no Rio Grande do Sul, a meteorologia alerta para mais um fenômeno. O ciclone extratropical da vez vai se formar na costa da Argentina a partir desta sexta-feira (18), com impactos no Estado. Entenda abaixo como se forma um ciclone e quais são os diferentes tipos. Clique aqui e veja a cobertura completa sobre ciclone no Rio Grande do Sul.
Como se forma um ciclone?
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ciclone é uma área fechada de baixa pressão atmosférica, onde os ventos giram no sentido horário no Hemisfério Sul. Esse movimento no sentido horário concentra umidade e calor no centro do ciclone, ou seja, na área de menor pressão. Assim, o deslocamento ascendente do ar, que está quente e úmido nesta área, provoca a formação de nuvens carregadas.
Ciclone é mais comum no oceano ou no continente?
A formação de ciclone é muito mais comum no oceano. No continente também acontece, mas é mais raro. Em junho e julho dois ciclones atingiram o Rio Grande do Sul. O primeiro foi na costa, mas sobre o mar, e o segundo sobre o continente.
Quais são as características de um ciclone tropical?
Os ciclones tropicais são conhecidos também como furações ou tufões e costumam ser mais intensos e devastadores. Seu núcleo ou centro de baixa pressão, é quente, muito profundo e se estende da superfície até as camadas mais superiores da atmosfera. Os ciclones tropicais se formam entre 20° ao sul e 20° ao norte do globo terrestre e nunca estão associados a uma frente fria. Os ciclones tropicais atuam em regiões equatoriais sobre os oceanos e retiram energia do calor extraído do mar.
CHAMOU ATENÇÃO: Família assa churrasco de domingo em meio à enchente em Campo Bom
Rio dos Sinos finalmente baixa e moradores retornam à rotina
PREVISÃO DO TEMPO: Vem mais um ciclone por aí? Fenômeno vai se formar na costa do Uruguai e pode impactar clima no RS
PREVISÃO DO TEMPO: Confira a rota do ciclone que se forma nesta quarta-feira
PREVISÃO DO TEMPO: Argentina está em alerta vermelho para frio extremo; saiba se ar congelante chega ao RS
Gangorra térmica, chuva e formação de ciclones: veja a previsão do tempo para os próximos dias no RS
PREVISÃO DO TEMPO: Após calor de 30°C e chuva, frente fria que chega ao RS no fim desta semana provoca ciclone extratropical
Quais são as características de um ciclone extratropical?
São os mais comuns no País. Eles se formam entre 30° e 60° do globo terrestre nos dois hemisférios e são sempre associados a uma frente fria. Seu núcleo ou centro de baixa pressão é frio, ou seja, possui temperaturas mais baixas que a atmosfera externa. Eles ocorrem durante todo o ano, mas a frequência maior acontece no inverno.
O tamanho deste tipo de ciclone é medido a partir da pressão. Esse fenômeno tem diâmetro de milhares de quilômetros e a medida do raio dele é baseada no ponto máximo que as linhas de maior pressão podem alcançar.
Quais são as características de um ciclone subtropical?
O ciclone subtropical possui características dos ciclones tropicais e extratropicais. É mais comum entre os litorais da região Sudeste e da Bahia e ocorrem entre 20° e 40° do globo terrestre nos dois hemisférios.
Os ciclones subtropicais também são medidos a partir da pressão. Eles costumam se formar no período da primavera e nem sempre são associados a uma frente fria. Os ciclones subtropicais, normalmente, são menos intensos.
Os ciclones subtropicais têm núcleo quente e frio e quanto mais perto da superfície, mais elevadas são as temperaturas. Já na parte superior do núcleo, as temperaturas diminuem.
Por que alguns ciclones recebem nome e outros não?
Segundo o Inmet, alguns ciclones recebem nome de acordo com as regras da Marinha do Brasil. Contudo, esse fator não define a intensidade do fenômeno.
Em março de 2004, a região Sul foi atingida por um ciclone tropical que recebeu o nome de "Catarina". O fenômeno resultou na morte de 11 pessoas e provocou bastante destruição, especialmente no sul de Santa Catarina e em parte do litoral norte do Rio Grande do Sul.
Já em julho deste ano, a mesma região do País foi atingida por um ciclone extratropical. Na ocasião, o fenômeno se formou no continente e provocou chuvas e ventos fortes, principalmente, nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.