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Notícias | Região dedede

Passados seis meses, CSGainda tem muito trabalho

Concessionária de rodovias investiu R$ 80 milhões nos primeiros meses

Publicado em: 24.08.2023 às 03:00

Desde 1º de fevereiro, as rodovias RS-122, RS-240, RS-287 (km 0 ao 21,49), RS-446 (km 0 ao 14,84), RS-453 (km 101,43 ao 121,41) e BR-470 (km 220,5 ao 233,5) estão sob responsabilidade da Concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG). Passados os primeiros seis meses, de um total de 30 anos, a reportagem do Grupo Sinos percorreu alguns trechos, durante a noite e o dia, para verificar a condição das rodovias, assim como mostrar o que já foi feito pela CSG.

Como em outras rodovias, iluminação na RS-287 é precária | Jornal NH
Como em outras rodovias, iluminação na RS-287 é precária Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Toda a RS-240 foi percorrida, assim como o trecho concessionado da RS-287 e a RS-122 de Portão a São Vendelino. Em comum entre elas, a falta de iluminação e sinalização horizontal. Destas três, a 122 é a que apresenta as melhores condições, sendo duplicada e com ótimos acostamentos, além de diversos controladores de velocidade. De negativo, ondulações no asfalto entre o km 32 e o 37, já em Bom Princípio; e a tinta fraca na sinalização em muitos pontos.

Apesar de perigosa em direção à Serra, a RS-122 é bem avaliada em direção ao Vale do Sinos pelo caminhoneiro Filipe Batista Reis, de 42 anos. "Apesar de ser escura à noite, os faróis são bem potentes, então sempre tenho boa visualização. O problema é na neblina, mas isso é em qualquer rodovia", afirma.

Na RS-240, partindo de São Leopoldo, os motoristas encontram uma boa estrada, tendo alguns trechos recapeados, mas sem buracos. A iluminação está presente somente na pista de quem vai de Portão a São Leopoldo. No entanto, ao passar o pedágio, a rodovia fica bastante escura à noite. Há várias placas, mas não há espelhamento de "olhos de gato". Postes de iluminação aparecem entre os quilômetros 26 e o 28, mas presentes apenas em áreas residenciais e ruas de acesso.

Chegando na RS-287, em Montenegro, a situação permanece igual, porém com os acostamentos ficando em más condições, esburacados e não asfaltados. A piora no pavimento começa a partir do km 8, com muitos buracos na pista, pintura bastante fraca e ondulações até o km 15. Entre os km 16 e 18, a estrada fica extremamente perigosa devido às péssimas condições, fazendo com os motoristas precisem entrar na contramão a todo momento na tentativa de desviar dos buracos.

O trecho recebe recursos arrecadados na rodovia, incluindo o pedágio de Portão. "Importante esclarecer que toda a arrecadação, de todas as praças de pedágio, é distribuída para todo o trecho da concessão, ou seja, os 271,54 km no Vale do Caí e na Serra Gaúcha", diz o gerente de Engenharia/Obras da CSG, Marcio Schaper.

Cadeirante se arrisca


César atravessa a rodovia com a filha cadeirante | Jornal NH
César atravessa a rodovia com a filha cadeirante Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

César Ribeiro, 48, possui uma filha cadeirante. Precisando se deslocar pelas margens da RS-287, ele enfrenta perigos ao atravessar a rodovia com a menina, enquanto os caminhões passam com frequência. "Aqui surge um buraco, eles tapam e fica pior. Quando chove, abre tudo. É comum ver carros quebrados e até acidentes. E como não é possível passar pelo acostamento, precisamos andar pela rodovia mesmo."

Primeiro ano é de trabalhos iniciais

Conforme explica o diretor-executivo da Concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), Paulo Negreiros, o Programa de Exploração da Rodovia (PER) prevê, nos primeiros 12 meses de concessão, a fase de “trabalhos iniciais”. Essa etapa consiste no cadastro prévio da rodovia e realização das ações emergenciais de manutenção e conservação.

“Dentre os trabalhos que já estão sendo realizados, estão a recuperação do pavimento, recuperação de pontes e viadutos, sinalização horizontal e vertical, iluminação, poda de árvores e roçada das laterais e canteiros, limpeza de bueiros e demais estruturas de drenagem”, enumera.

Negreiro comenta que a CSG presta também serviços aos usuários, como atendimentos médico, mecânico, inspeções da via, entre outros. Além disso, nestes seis meses foram construídas as Bases de Serviços Operacionais (BSOs), que contam com área para descanso dos viajantes, banheiros, fraldário, Internet e totem interativo para serviços e informações, e que foram entregues recentemente em Bom Princípio, Farroupilha, Flores da Cunha e Ipê. Também foi construído o Centro de Controle Operacional (CCO), em Farroupilha.

“Também iniciamos a recuperação do pavimento de todos os 271 quilômetros de concessão, iniciando em Antônio Prado em direção a Ipê, com 40 km já executados, e com previsão de entrega dos demais trechos até janeiro de 2024”, acrescenta.

R$ 80 milhões já foram investidos

De acordo com a CSG, até o fim de julho, foram limpas e niveladas 2.123 placas de sinalização e instaladas outras 808 unidades. Negreiro cita ainda a instalação de guarda-corpos e defensas metálicas. “Investimos cerca de R$ 80 milhões nos primeiros seis meses.” Ele lembra que as obras mais importantes estão concentradas nos sete primeiros anos de concessão, o que inclui 120 km de duplicação.

A respeito da RS-287, que apresenta péssimas condições, Schaper diz que está recebendo manutenção, como tapa-buracos, poda alta e limpeza do sistema de drenagem. “A previsão é que a gente comece até o início de outubro as obras de restauração da pavimentação.”

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