Cantora baiana Assucena sobe ao palco do Sesc Canoas neste sábado

A cantora baiana Assucena traz para Canoas neste sábado (9), o show "Baby, te amo - Tributo a Gal Costa". A apresentação no Teatro Sesc, às 20 horas, é uma releitura intimista de sucessos como Baby, Tigresa, Vapor Barato, Pérola Negra, Coração Vagabundo.

A artista transgênero, ex-integrante do grupo "As bahias e a Cozinha Mineira", estreou a carreira solo em 2021 com "Rio e também posso chorar", uma celebração dos 50 anos de lançamento do icônico álbum Fa-tal - Gal A Todo Vapor (1971), de Gal Costa. "Após a morte de Gal [em 9 de novembro de 2022], os fãs dela e meus pediram para que incluísse também canções mais 'lado A' da Gal. A partir disso, o show deixa o formato de homenagem e passa a ser um tributo", revela.

Assucena diz que o público será envolvido com uma sonoridade íntima e subjetiva. "O álbum Fa-tal me pariu como artista. A obra e a trajetória de Gal marcaram minha vida. Ela tem quase quarenta discos, a escolha do repertório não foi fácil, mas posso garantir que cada música do show carrega significados e fases especiais. Canções que canto hora do banho, de lavar a louça, enquanto treino minha voz", destaca.

Rasuras e ranhuras

Gal Costa nasceu no dia 26 de setembro de 1945, em Salvador-BA. A baiana iniciou a carreira na década de 1960. Na década seguinte, tornou-se uma das grandes representantes do tropicalismo e foi considerada também uma musa hippie.

Ícone da música brasileira, a cantora realizou trabalhos em parceria com músicos consagrados do Brasil, como Gilberto Gil, Tim Maia, Caetano Veloso, Maria Bethânia, entre outros.

Ao longo da vasta carreira de sucessos, lançou 44 discos, entre 1967 e 2021. Entre os principais álbuns estão: "Fa-Tal: a todo vapor" (1971), "Índia" (1973), "Água Viva" (1978), "Profana" (1984), "O Sorriso do Gato de Alice" (1994) e "Recanto" (2011).

"O Fa-tal é um disco cheio de rasuras e ranhuras. Ele tem uma estética da precária. Foi gravado em um período em que a indústria fonográfica brasileira não tinha o desenvolvimento necessário para a capitação de som, e ainda sim, é um álbum maravilhoso", ressalta Assucena.

Em breve, o disco solo

É a segunda vez de Assucena em solo canoense. "Estou muito feliz em retornar e ansiosa para a apresentação. É sempre especial subir no palco e receber o carinho do público", completa.

O show com classificação indicativa de 12 anos, tem duração de 70 minutos. Os ingressos custam entre R$ 15 (meia-entrada) e R$ 30, no site do Sesc-RS.

No fim de setembro, Assucena lança o primeiro disco solo. "Inicio a turnê do álbum em outubro, mas ainda não posso revelar o nome", conta.