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ANSIEDADE: App que ajuda a enfretar crises se destaca no exterior

Projeto de alunos de Novo Hamburgo e Gravataí venceu feira de ciências e tecnologia no Chile

Publicado em: 14.09.2023 às 07:00 Última atualização: 14.09.2023 às 08:25

Dois alunos da QI Faculdade e Escola Técnica da unidade de Novo Hamburgo e Gravataí foram campeões na primeira edição da Infomatrix, no Chile, uma feira de ciências e tecnologia que reuniu projetos de diversos países.

Aécio Brumel, 21, e João Victor Roth, 22, desenvolveram o aplicativo Dboa, para ajudar pessoas durante crises de ansiedade aguda, e foram premiados, no dia 8 de setembro, na categoria de desenvolvimento de software.


Comitiva da QI Faculdade e Escola Técnica durante premiação no Chile | Jornal NH
Comitiva da QI Faculdade e Escola Técnica durante premiação no Chile Foto: Arquivo pessoal

Essa é a segunda vez que os gaúchos voltam para casa com o trabalho reconhecido. Em 2022, na Infomatrix Brasil, que ocorreu em Blumenau, a dupla foi premiada e recebeu credenciamento para participar da edição do Chile, que ocorreu entre os dias 7 e 9 de setembro.

Animados com a viagem, eles não contavam que receberiam medalha de ouro com a apresentação.

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“A premiação foi a melhor possível. É claro que a gente sempre quer ser premiado, mas não esperávamos receber o primeiro lugar. Foi muito significativo”, diz Roth, que é morador do bairro Vila Nova, em Novo Hamburgo. Os alunos fizeram história com a participação, afinal, essa foi a primeira edição da feira.

Aplicativo surgiu de situação pessoal dos alunos

João Victor, do curso técnico em Administração da unidade QI de Novo Hamburgo, e Aécio, do curso técnico em Informática da unidade de Gravataí, se encontraram por intermédio do professor da instituição, Rodrigo Barreto. Os dois, além das ideias que compartilham, possuem algo em comum: crises de ansiedade. E foi assim que nasceu o app Dboa, para auxiliar e ser uma ferramenta durante episódios de pânico e ansiedade.

“Nós sofremos por muito tempo com crises. Nos juntamos porque eu tinha um conhecimento em feiras, o Aécio em programação. Éramos alunos de perfis parecidos, e foi aí que ‘deu match’”, brinca Roth. Com a ajuda do professor orientador e de um psicólogo, o aplicativo foi desenvolvido com base na técnica dos cartões de enfrentamento e de respiração.

O sistema conta com textos que fazem com que o usuário tire a atenção do que está sentindo, passe a visualizar imagens e focar no ambiente. Há frases que estimulam o pensamento positivo, ao invés de negativo, além de sons de relaxamento. Aos que sentem dificuldade de respirar, o aplicativo conta com exercícios para retomar a consciência e o ritmo normal da respiração.

Apesar dos prêmios já conquistados, o app Dboa ainda não está finalizado e pronto para uso. Inclusive, esse é o próximo passo dos gaúchos. Com os feedbacks recebidos nas feiras que participaram, Brumel e Roth pretendem adaptar ideias e personalizar o sistema. Além disso, em conversa com a Universidade Feevale, o objetivo é realizar testes com a rede de psicologia da instituição, para, então, lançar a versão finalizada no final deste ano ou no primeiro trimestre de 2024.

Os alunos pretendem continuar participando de feiras de ciência e já estão com duas no radar: uma no México e outra na África do Sul. “Queremos fazer o aplicativo dar certo e ajudar o maior número de pessoas. Se conseguirmos auxiliar duas, que seja, já estamos satisfeitos”, afirma Roth.

No perfil do Instagram (@deboaapp), é possível acompanhar o desenvolvimento do trabalho e acessar o protótipo do aplicativo.

Laura Rolim

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Laura Rolim

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