Nível do Guaíba afeta Rio dos Sinos; confira a situação em cidades da região

Apesar do calor do fim de semana e da chuva pouco volumosa nesta terça-feira (19), o nível da água apresentou elevação em algumas cidades banhadas pelo Rio dos Sinos. A explicação tem a ver com o nível do Guaíba, em Porto Alegre, que se aproximou do pico da cheia, de 2,70 metros, registrado na última semana, e com a influência no fluxo das águas.

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Em Sapiranga, por exemplo, o Rio dos Sinos não está dando vasão, segundo a Defesa Civil. E em Canoas, três famílias da Praia do Paquetá estão desalojadas e permanecem na casa de familiares.

A preocupação dos municípios agora é em relação à instabilidade do tempo e à previsão de chuva. Conforme a MetSul Meteorologia, as áreas ao Sul do Brasil devem concentrar os maiores acumulados de precipitação, com volumes acima da média para o mês de setembro em alguns pontos.

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Sapiranga

De acordo o coordenador da Defesa Civil de Sapiranga, Sírio Baum, a situação na cidade não é diferente das demais. "O Guaíba não está dando vasão, principalmente com esse vento minuano, acaba represando muita água para cá. Também estamos com um agravante, pois está descendo muita água da Serra", observa.

"Acredito, não estou afirmando, que as águas estão soltando das barragens da Serra. É impossível [termos passado por uma semana sem chuva], nossas granjas e estradas ainda possuem água, mesmo com o calor que deu no final de semana. Deveria ter baixado bastante", avalia.

Entre a noite de segunda-feira (18) e a manhã de terça (19), choveu 17,2 mm. O nível do Rio dos Sinos na cidade já alcançou o da rua. "Estamos trabalhando em cima de prevenção. Estamos desassoreando os arroios, fazendo limpeza de bueiros, para dar bastante vazão à água", detalha Baum.

Canoas

Conforme a Defesa Civil de Canoas, a região da Praia do Paquetá segue batendo a cota de inundação do Rio dos Sinos e apresentou elevação de cerca de 10 cm. Entre as 6 horas e as 11 horas desta terça-feira (19), o município registrou entre 11,2 mm e 13,4 mm de chuva em alguns bairros.

A prefeitura não está divulgando a medição do nível da água por conta do limnígrafo, que, com as fortes chuvas do início do mês, foi parar em outra localização.

"Os agentes da Defesa Civil estão na região ribeirinha monitorando a situação da cheia e orientando os moradores. Desde o começo do mês, o Rio dos Sinos não recuou o suficiente para retornar totalmente ao leito."

São Leopoldo

Já em São Leopoldo, nas últimas 24 horas, choveu 31 mm. Às 8h30 desta terça, a Defesa Civil da cidade verificou que o nível do Rio dos Sinos registrou uma pequena elevação, chegando a 4,35 (2 cm acima em relação à noite anterior). O acumulado do mês de setembro até o momento é de 305 mm, superando a média histórica de 30 anos para o período, que era de 179 mm.

"Não há registro de famílias desabrigadas ou desalojadas. No momento, sem riscos, mas requer monitoramento conforme disposto no plano de contingência para inundação, pois, quando o rio está acima de 4,30 m, é ativado o status de alerta."

Novo Hamburgo

Em Novo Hamburgo, conforme publicou a Defesa Civil, o nível do Rio dos Sinos teve uma leve baixa na última madrugada, registrando 6,25 às 7 horas. Desde a tarde de segunda-feira, a cidade registrou 35 mm de acumulado de chuva, o que não gerou alterações significativas no nível do Sinos ou de arroios do município.

"A Defesa Civil de Novo Hamburgo segue em atenção, monitorando o nível do Sinos e acompanhando as atualizações meteorológicas para caso ocorram mudanças no quadro atual, a população possa ser comunicada." Às 17 horas desta terça, o nível do rio permanecia estável.

Campo Bom

O nível do Rio dos Sinos às 11 horas desta terça-feira (19), em Campo Bom, era de 6,14 metros. De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Paulo Silveira, o município registrou 20 mm de chuva nas últimas 24 horas.

"Isso não afeta o nosso rio. Mesmo que esteja represando agora, para nós, ainda está baixando. A sequência dos dias é para ter pouca chuva. A princípio, vamos escapar tranquilo. Agora, semana que vem, não sabemos ainda, pois tem previsão de chuva", avalia.